quarta-feira, 23 de dezembro de 2009

Feliz Natal

Quentinho e em família como deve ser!
O meu vai ser um pouco atípico, longe de casa dos pais e da minha tradição, mas a vida de casada tem destas coisas.
Amanhã é dia de fazer rabanadas e muitas coisas que tal, por isso, os votos ficam na véspera da véspera.

Um beijo grande a todas as que por aqui passam e que muito me têm dado.

Bom Natal!

quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

Na fila de espera

Longa se torna a espera.
A espera que o pé vá ao sítio, a espera que o trabalho recomece, a espera que o novo ano chegue.
Mas, apesar de longa, a espera, não houve ainda paciência para fazer a árvore de Natal. Não sei o que se passa, mas acho que este ano nem sequer vai ver a luz do dia.
A cabeça anda a mil à hora... a pensar na vida, a acreditar que 2010 vai ser o nosso ano.

sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

A programação segue dentro de momentos

Pedimos desculpas pela interrupção, mas desde domingo até hoje temos vivido um turbilhão de emoções. Na próxima semana, lá para sexta-feira, desenvolvo o tema com a calma que ele merece.
Enquanto isso, prossegue a baixa, a fisioterapia e um fim-de-semana prolongado para quem for merecedor de descanso!

Beijinhos.

domingo, 29 de novembro de 2009

I gotta feeling

Não sou apreciadora dos «Black Eyed Peas», mas hoje esta música pôs-me a cantar!

terça-feira, 24 de novembro de 2009

Madalena

Soube agora pelo blog da Angel que a bebé da Drikas já nasceu!
Parabéns, minha querida.
Bem-vinda Madalena! Tem uma vida muito feliz.

Beijinhos aos três.

Com a cabeça entre as orelhas

Ainda um pouco desnorteada devido aos sucessivos insucessos, a vida continua, mas continua de forma estranha. Eu ainda sem trabalhar por causa da lesão e da fisioterapia e o rapaz embrenhado no trabalho e mais distante.
No fim-de-semana apanhámos um voo low-cost e voltámos a Londres. Foi bom - muito bom - regressar àquelas ruas agora decoradas com as iluminações de Natal.
No regresso à Invicta fui derrotada por um enorme cansaço provocado pelos longos dias de passeios e também pela desorientação de voltar ao vazio.

quinta-feira, 12 de novembro de 2009

A conta que Deus fez

Conscientemente, por não estar ainda preparada para nova batalha, faltámos à consulta de terça-feira. A consulta que ia servir para avançarmos com o novo tratamento, com as datas das injecções, das pastilhas e da transferência.
Pela primeira vez, preferi ficar de braços cruzados temporariamente. Preferi assim porque para já sinto que me apetece viver a vida que tenho, que temos, e depois - quando tiver o meu exército de coragem reunido - regressamos ao centro.
Em quase quatro anos de casamento, três têm sido vividos assim, em busca do nosso bebé. Três. Por isso, está na hora de parar para respirar, para vir à tona e ganhar fôlego para novo mergulho em apneia.
Em quase quatro anos de casamento, três têm sido movidos por um objectivo comum que não conseguimos ainda alcançar. Três.
Três como os que gostaria que fôssemos.
Primeiro foram as tentativas tradicionais e as derrotas vaticinadas em cada mês que passava, depois foram os exames, as sentenças do nosso problema e os tratamentos. Foram três tratamentos. Três. Duas ICSI e uma TEC, todos este ano.
É demasiada areia para as nossas camionetas moral e financeira.
Assim sendo, conscientemente decidimos parar para contar até três. Três!

quinta-feira, 5 de novembro de 2009

Sei lá

Sei lá como me sinto, a não ser que sei que sinto, de vez em quando, uma tristeza muito grande por não pertencer à fasquia maioritária dos portugueses em matéria de fertilidade. Dou comigo a olhar para os outros e a pensar por que razão sou diferente deles, por que razão tinha de calhar nessa excepção que são os 500 mil casais que não conseguem ter filhos.
É muito difícil prosseguir neste teatro de guerra em que sabemos de antemão que nós, pelos nossos próprios meios, não somos suficientes para vencer.
"É uma lança em África", como há um ano nos disse o médico. Mas, pelos vistos, nem com a ajuda da ciência conseguimos disparar uma chuva de lanças sobre o nosso alvo. Nada. À segunda tentativa andámos lá perto, mas ficámo-nos por isso. Agora é preciso recomeçar tudo. Tudo.
Recomeçaremos. As vezes que nos forem possíveis.

quinta-feira, 22 de outubro de 2009

O balde de água fria

Olhando friamente para as estatísticas dos tratamentos de fertilidade, ficam desfeitas as dúvidas de que as hipóteses de insucesso são superiores às outras, às mais desejadas, as de sucesso.
Nas tentativas naturais de concepção também é assim, sei-o bem, mas os métodos são bem mais agradáveis e, convenhamos, graciosos.
Tudo isto porquê? Porque, ao contrário do que imaginava, a porcaria do tratamento foi uma vez mais em vão. Mais um negativo(1,5). Assim, para início de conversa, como eu o senti. Rude, duro, doloroso. Continua a ser.
Nos segundos que se seguiram à má notícia passou-me tudo pela cabeça, em flashes: O regresso das férias, o recomeço receoso do tratamento, a compra dos medicamentos, as injecções auto-ministradas, as pisaduras na barriga, os mil e um comprimidos, as ecografias, o tamanho do endométrio, os ovários em descanso, o medo de não conseguir conciliar férias com o dia da transferência, a queda, a rotura de ligamentos, o descanso, a transferência, o descanso, as mil e uma pastilhas, as injecções, a certeza do sucesso. Até hoje, às 14h58. Duas singelas palavras - "Más notícias"- bastaram-me para me deixar embrenhar num choro desajeitado. Lágrimas que voltam de vez em quando, sem que lhes peça e sem que as consiga parar.
Amanhã será um novo dia.

quarta-feira, 21 de outubro de 2009

É amanhã, é amanhã, é amanhã, é amanhã, é amanhã, é amanhã, é amanhã!

Os minutos de hoje pareceram horas, mas, finalmente, o dia terminou e já só falta a noite de sono para fazer o ansiado exame. Imagino que o pior vai mesmo ver o sono chegar. Seja como for, passando pelas brasas ou por uma noite em branco, daqui a pouquinho ficamos a saber se já não somos só dois.

terça-feira, 20 de outubro de 2009

Chegados ao dia 13

As leves dores que tinha até anteontem dissiparam-se, mas continuo sem marcas dos dias difíceis, por isso, mantenho a certeza de que foi desta.
No entanto, escusado será dizer que estou a contar os segundos para o telefonema que vou receber na tarde de quinta-feira.
Obrigada pelos vossos comentários e por estarem a torcer por nós! Não parem, por favor.

domingo, 18 de outubro de 2009

5,4,3,2,1

Já só faltam 5 dias para o beta, já passaram 11 dias desde a transferência e continuamos a grande nível, sem "sinais exteriores de pobreza", como por aqui lhes chamamos, ou seja, nada de grandes dores, nem sangramentos.
Tudo em ordem, como se pretende.
O pior é mesmo o sono que não chega à noite e que é substituído por uma tremenda ansiedade que me rouba as horas de descanso. Os olhos fecham-se noite dentro, quase de manhã, depois de um reboliço de emoções e de pensamentos. Se por um lado não posso ter mais a certeza de que é desta, por outro, por ter essa certeza, tremo como varas verdes só de equacionar a ténue possibilidade de vir aí uma desilusão.
Sinto que desta vez, ao contrário, das outras, fiz as coisas de forma acertada e com grande sentido de responsabilidade. Sinto que desta vez quis, mais do que tudo, que o tratamento resultasse, enquanto nas outras duas limitava-me a pensar que se não fosse à primeira, seria à segunda ou à terceira...
Esta é a tal da terceira tentativa e eu, como grande devota da sabedoria popular, espero que à terceira seja, efectivamente, de vez.
5, 4, 3, 2, 1.

P.S. E não podia deixar de dar as boas-vindas à Rubia e esperar que perca mais vezes o "recato"! ;)
Beijinhos.

quarta-feira, 14 de outubro de 2009

Faz hoje uma semana

A transferência dos meus ovinhos já foi há uma semana e falta outra e mais um dia para conhecer o veredicto.
Os dias passam devagar, mas têm sido felizes.

P.S. Bem-vinda, Sweet!

segunda-feira, 12 de outubro de 2009

Venham mais dias como este!


Por causa do pé magoado, vou continuar em repouso até ao dia 28. Eu e o meu ovinho agradecemos.
Por isso, venha de lá mais descanso, televisão e muita pieguice bem alimentada pelo meu rapaz. (Adoro-te, meu amor)
À festa juntou-se apenas uma dor de burro do lado direito e aquelas moléstias nos rins e o peso nas pernas que costumam prenunciar o período.
A minha amiga Susana diz que também sentiu o mesmo durante a gravidez e eu, como estou tão feliz e confiante, também tenho a certeza que sim.
Mas, apesar do optimismo, não descarto (livre de mim!!!) as vossas preces.

domingo, 11 de outubro de 2009

Abstencionista, conscientemente

Havia muitos degraus para subir e um longo corredor para percorrer até alcançar a mesa de voto. Isto, além de ter de fazer a caminhada com recurso a canadianas. Assim sendo, e porque desta não vacilo um segundo, fiquei no recato do lar a acompanhar as imagens dos votantes e outras que tais.
Mesmo assim, a apenas dois minutos das sondagens à boca das urnas, estou expectante. É como nas semanas em que não jogo no Euromilhões: Vejo sempre os números que saíram para constatar se coincidiram ou não com a minha chave!

Continuando com as alegorias prefiro acreditar que já tenho o prémio do Euromilhões na barriga e, por isso, sigo de vento em popa com o descanso, as gelatinas e as bebidas energéticas que, pelos vistos, ajudam à nidação.
O que também ajuda é o pensamento positivo. Conto com o vosso. Ó pra mim a fazer campanha!

Beijinhos.

sábado, 10 de outubro de 2009

Red Alert


Cheguei hoje ao último episódio da quarta série das «Donas de Casa Desesperadas». Acabou-se-me o "material". AAAAAAAAAAAAAAAAAAHHHHHH. E agora? Agora sim, também eu sou uma dona de casa desesperada!

quarta-feira, 7 de outubro de 2009

sábado, 3 de outubro de 2009

Não fui eu, foi Ele!

Se há vantagem a extrair-se desta rotura (sim, com «o», como nas lesões dos jogadores da bola) de ligamentos é o tempo que tenho para mim, para dormir, para cozinhar, para comer um iogurte na varanda, para ver cinco episódios seguidos das «Donas de Casa Desesperadas» e, sobretudo, para pensar. E foi num desses momentos reflexivos, no escuro da sala provocado pelos estores fechados, que me deu para imaginar se não terá sido Deus, seja ele quem for, e não aquele degrau malvado, o responsável por isto que tenho no tornozelo. Gosto de pensar n'Ele, seja Ele quem for, como um indivíduo bem humorado e não castigador como muitos o pintam. Não. O meu Deus é sarcástico, mas bom. Para mim tem sido. E eis mais uma prova. Terá pensado:
- Ai não páras? Não abrandas o ritmo nem para receber uma criança que tanto desejas? Não? Hmmmm. Isso é o que vamos ver.
Seu dito, seu feito: Uma rasteira no pé da menina, sob a forma de um degrau matreiro, e tungas, rotura de ligamentos. Com «o», como nas lesões dos jogadores da bola.
Estarás satisfeito, senhor meu Deus, sejas tu quem fores (sim que eu trato-o por tu. Já são muitos anos)! Imagino que esta minha paragem forçada tenha a tua mãozinha - a tão propalada "mão de Deus" - a mesma mão que deve agora estar a enterrar-se num enorme balde de pipocas enquanto assiste a este espectáculo patético que sou eu a andar de forma desmazelada de canadianas. Bah. Digam lá que Ele, seja Ele quem for, não é um tipo com piada.
Se assim for, graças ao rapaz lá de cima, vou pela primeira vez estar parada A SÉRIO logo depois de colocar os meus bolinhos no forno. Depois é só esperar pelo TTTRRRRIIIIIIMMMMM.

terça-feira, 29 de setembro de 2009

Falta um bocadinho assim

Mais depressa do que imaginava, o descanso atingiu a velocidade cruzeiro, com a vida a ser levada ao ritmo lento que me permite o pé direito. Não escondo que, apesar do calor provocado pelas ligaduras, estou a saborear estes momentos de paz e de mimos patrocinados pelo meu rapaz.
Quanto à consulta, que é o que me traz aqui, nada de novo pelo facto de o endométrio ainda não se encontrar "em ponto caramelo". Na sexta-feira fazemos novo ponto de situação e, se tudo correr bem, lá ficará para a próxima quarta-feira.
Assim esperamos, uma vez mais.
Esperar volta a ser o nosso verbo. Mas, desta vez, sem desesperar porque agora temos o vento a favor.

segunda-feira, 28 de setembro de 2009

Descanso obrigatório


É a primeira vez na minha vida que ando de canadianas. É verdade. Foram tantas as vezes que, em criança, quis usar gesso e canadianas e que nunca fui bem sucedida, para agora, numa porcaria de nada, ser obrigada às duas coisas.
Na sexta-feira passada, logo às 7h35, tropecei num degrau com o qual não estava a contar e pimbas... rotura de ligamentos. Por isso, uma tala de gesso, as canadianas e uma paragem de um mês.
Amanhã tenho a consulta que vai ditar o avanço ou não do tratamento. Confesso que estou um pouco receosa de não poder prosseguir por causa do esforço de andar de canadianas, mas por outro lado também acredito que esta possa ser a melhor altura para avançar. Ou não estivesse de perna ao alto! Já que estou com uma, ponho a outra também!!!

terça-feira, 22 de setembro de 2009

Em espera

Até sexta-feira da próxima semana.
Já temos um endométrio com seis milímetros, seja lá o que isso for, e os ovários em repouso, sem ovular, como se pretende. De hoje a uma semana há outra ecografia para reavaliar a resposta do corpo à ciência. Inspira, expira.

segunda-feira, 21 de setembro de 2009

Ansiosa pelo dia de amanhã

O nó na garganta, a dor de estômago que não pára, as mãos suadas e trémulas, o olhar no relógio, o pé que bate no chão, o suspiro que não contenho. Amanhã saberemos se estamos a escassos dias da terceira tentativa. Amanhã saberemos se a partir do próximo fim-de-semana nunca mais seremos apenas dois.

quinta-feira, 17 de setembro de 2009

Madeleine

Hoje, enquanto ouvia a minha música favorita do Paolo Conte, lembrei-me da Drikas.
Dedico o tema a todas as compinchas, mas a ela em especial e à sua Madeleine.

segunda-feira, 14 de setembro de 2009

A avançar

Já tinha lido em alguns sítios que os tratamentos de acupunctura e fitoterapia podiam provocar atrasos no final do ciclo e início de outro e a explicação tinha lógica, pois diziam que era o corpo a procurar o próprio equiíbrio. Confesso que fiquei um pouco preocupada, mas a dor de cabeça acabou por ser sol de pouca dura porque, afinal, o meu corpo parece estar equilibrado ou o período não tivesse surgido exactamente no mesmo dia que no mês anterior. Correu bem.
Já tenho uma ecografia marcada para sexta-feira, dia 18, às 13h00, para avaliar a resposta do organismo às picas e às pastilhas que começo hoje a tomar. Estrofem, assim se chamam.
Imagino (e espero) que a TEC fique agendada para a outra sexta-feira, ante-véspera de eleições. Parece que vou ficar do lado dos que se abstêm, mas apenas por este motivo que não podia ser mais forte.
Estou confiante. Mais do que isso... Estou feliz!

quinta-feira, 10 de setembro de 2009

Sempre alerta

Parece que tenho andado distante, perdida, afastada de tudo isto, mas não. Continuo a acompanhar as minhas compinchas, feliz com as boas novas como a da Raio de Sol, o crescimento da Madalena e da Rita, os 7 anos de casamento da Raquel, os rapagões Edu e Pedro e expectante como a Dalila. Pelo meio, vagueio pelo fórum da associação e também regozijo com os positivos conseguidos no mês de Agosto e foram tantos!
A acupunctura e fitoterapia prosseguem a grande nível e amanhã já tenho a sexta sessão. A má circulação das pernas faz com que fique com uma ou outra negra nas pernas, mas nada que me provoque dor. Apenas paz.
Além disso, temos andado distraídos a visitar casas e a ver carros. É verdade! Está na hora de mudar e esta é, sem dúvida, uma boa altura para comprar. Haja trabalho!
De resto, o meu rapaz mudou de emprego e está a gostar do que faz. Parece outro! E fica um pão de fato e gravata!!!
Eu, pelo contrário, decidi abrandar o ritmo e vou abdicar por uns tempos do part-time de fim-de-semana para poder avançar para a TEC.
No final de Setembro cumpro os dois meses de acupunctura prometidos, o intervalo de tempo pedido pela médica da clínica do Dr. Pedro Choy para conseguir melhores resultados. Por isso, e porque a ansiedade se está a tornar num monstro muito esfomeado e quase insuportável, vamos avançar para o novo tratamento nessa altura.
Até lá, há novas picas, mas com uma variante nova: Agora sou eu quem as dá! Na primeira tremia como varas verdes, com medo de espetar a agulha e cair para o lado, mas não. Correu muito bem. Espero que seja tudo tão fácil como isto.
Uma vez mais vos peço: Torçam por nós!

segunda-feira, 31 de agosto de 2009

De volta pró meu aconchego

Terminou no sábado a semana de descanso em terras algarvias. Terminou com o reencontro com o meu amor e com mais umas horinhas de sol e de calor.
À chegada ao trabalho, e na vistoria aos blogues das compinchas, dei de caras com a boa notícia da Raio de Sol que já tem o seu pequeno milagre na barriga. Parabéns, minha querida, estou muito feliz por ti!
Quanto a mim, nada de novo. Trabalho, mais trabalho e lá pelo meio a sessão de acupunctura para me elevar ao mais supremo dos estados.
Pelo meio também o medo de recomeçar tratamentos...
Por isso, esperamos. Ansiosamente, mas esperamos.

sexta-feira, 21 de agosto de 2009

Telegrama

Por aqui nada de novo STOP Na tal consulta do dia 18 decidimos parar por uns tempos STOP A acupunctura continua a fazer maravilhas ao meu sistema nervoso STOP A agulhinha para soltar o trânsito intestinal também tem dado bons resultados STOP Amanhã parto para uma semana de férias STOP Até ao meu regresso STOP Beijinhos

sexta-feira, 14 de agosto de 2009

Ainda a planar

Da segunda sessão de acupunctura de ontem que correu muito bem.
Confesso que na primeira estava algo nervosa, com as mãos encharcadas e outros sinais que tais de ansiedade, mas acabei por constatar que, além de não doer, dá uma magnífica sensação de tranquilidade.
Ontem, estava tão relaxada que no caminho de regresso as pernas me falharam uma ou outra vez. ;)
A outra parte boa destes finais de dia é que, quando chego a casa, tenho um peixinho à minha espera confeccionado por um marido apaixonado.
Bom, muito bom. Como espero que seja o meu e o vosso fim-de-semana.

quinta-feira, 13 de agosto de 2009

Maldito fim de dia

Ontem o dia não podia ter acabado da pior maneira, sobretudo, por causa da passagem pelo centro de saúde. Uma visita motivada pela infecção num dedo do meu rapaz. Aproveitei e deixei lá uma carta que tinha escrito (para ser mais pessoal e também para demonstrar o reconhecimento) à minha médica de família.
Enquanto o rapaz foi fazer o penso, dirigi-me à recepção para deixar a missiva. Pensei que era só entregar e já estava, mas não, deu direito a interrogatório: "É para que efeito?" AAAARRRGGHHH.
Tive vontade de dizer que se a carta estava fechada era por alguma razão, ou, "tenha calma, minha senhora, não é uma bomba", mas não. Como parva que sou nestas coisas disse logo: "É para dar conhecimento de uns exames".
- "É um relatório de exames? Quando for assim, deve ligar à doutora...", continuou a recepcionista.
Expliquei que era uma carta escrita por mim, com todas essas explicações e lá acabei por dizer que continha o resultado de uns betas que tinha feito. Bah.
Posto isto dirigi-me à máquina de café e passou por mim, no sentido contrário, uma rapariga de bata que, vim a descobrir depois, era a minha médica, cuja cara já não me recordava.
Pouco depois, ainda junto à máquina de cafés, comecei a ouvir da recepção uma conversa que me era familiar... sobre betas e sobre gravidezes, com uma imbecil a acrescentar chavões como: "Agora está estipulado que as pessoas casam e passado dois anos têm de ter filhos" e coisas do género. Apercebi-me que a conversa estava animada e, pelos vistos, como eu era o motivo da chacota, decidi entrar na sala e sentar-me à frente delas.
Pouco depois o burburinho acabou, mas ainda ouvi um quase imperceptível: "É aquela senhora lá atrás". Comprovei que tinha dado azo a uma bonita conversa de sala de espera. Por momentos ainda acreditei que depois disto a médica viesse ter comigo, mas não. Deixou a recepção de rabinho entre as pernas e seguiu de imediato para o gabinete. Espero sinceramente que tenha regressado ao trabalho com uma enorme sensação de culpa e de vergonha. Se não, farei questão de a transmitir quando voltarmos a falar.
Um dia depois ainda sinto raiva pela falta de sensibilidade desta gente que não percebe que a infertilidade já é um peso demasiado grande para levar aos ombros e, mesmo assim, ainda tenta sobrecarregar-nos com a sua pequenez humana.
Porém, como diz o ditado: Quem ri por último, ri melhor.
Um dia sou eu, mas amanhã podem ser elas.

segunda-feira, 3 de agosto de 2009

Sobre a consulta de sexta-feira

Apesar de muitos termos ainda me passarem ao lado, agrada-me a ideia de enveredar por uma ciência com quatro mil anos e com ideias tão românticos como a chinesa. Uma ciência muito voltada para a energia do corpo e da mente, mas que não põe de parte os métodos da outra, a ocidental.
Por isso, levei as análises e os exames mais recentes e constatou-se que tenho por lá uns níveis baixinhos que me colocam próximo de uma anemia, além de um problema nos rins, o mesmo que provoca as recorrentes infecções urinárias, os cálculos e as candidíases.
E foi giro saber que é pelos rins que envelhecemos, ou seja, que o nosso cabelo ganha brancas, que os nossos dentes ficam mais frágeis e que o nosso aparelho reprodutor entra em andro ou menopausa.
Assim, o tratamento de acupuncutura, associado à fitoterapia (fármacos de ervas), vai tonificar-me o organismo e soltar os "nós" que possam estar a impedir-nos de ter filhos.
Expliquei à médica francesa que pretendiamos avançar para a TEC já em Setembro, o que ela torceu o nariz, pedindo-me, pelo menos até ao final desse mês, para conseguir fazer um tratamento de dois meses.
Já em casa e depois de uma longa e deliciosa conversa, nós os dois, os principais visados, decidimos dar-nos mais esta oportunidade e tentar pelos nossos meios até ao final do ano.
Afinal, segundo a médica francesa, há casos de homens com menos de dois por cento de espermatozóides que conseguem engravidar as mulheres.
Nós já estamos numa fasquia um pouquinho superior, por isso, por que não?

sexta-feira, 31 de julho de 2009

A ver o que os pózinhos chineses fazem por nós

E hoje lá vou eu à consulta das 18h30.
Agora que perdi o medo às agulhas parece que não quero outra...

Bom fim-de-semana, a quem for de fim-de-semana, e boas férias, a quem for disso!
Eu continuarei por aqui e com jeitinho ainda me dá na veneta para deixar que o cabelo leve uma bela tesourada.

quarta-feira, 29 de julho de 2009

Hoje acordei assim


Porque "no mundo tem alguém que diz" que muito me ama, que tanto me ama, que muito, muito me ama, que tanto me ama!
Grande Zeca Baleiro.

terça-feira, 28 de julho de 2009

Chop Choy

Ontem decidimos terminar o dia de trabalho na esplanada ao pé de casa com duas refrescantes águas tónicas. Pelo caminho demos de caras com uma clínica dr. Pedro Choy cuja existência nos era desconhecida.
- “Que giro, não sabia que havia aqui uma! Já li em vários blogues e no site da associação que a acupunctura pode dar um empurrãozinho a quem tem problemas de infertilidade.”
Dito isto, bastou-nos olhar um para o outro para sabermos que tínhamos de inverter o sentido da marcha.
Consulta na sexta-feira, às 18h30.
Mal não faz!

sexta-feira, 24 de julho de 2009

Desculpas patrocinadas

O meu sobrinho mais novo tem quatro anos de vida e uns quantos mais de esperteza. Tive ontem uma nova prova disso naquela que foi mais uma sessão de "eu-quero-aquilo-que-o-meu-irmão-tem".
Tudo começou com os dois catraios, o de quatro e o de nove anos, no mesmo sofá que eu, totalmente em cima de mim. Tentei mudar de pouso, mas o puto mais velho antecipou-se e rumou ao cadeirão. Claro que o chavalo mais novo desatou num pranto porque, assim de repente, se lembrou que era mesmo daquele cadeirão que estava a precisar. Fez birra e eu insurgi-me, claro. Ele não gostou da reprimenda, virou-me as costas, jurou a pés juntos e com o ar pesado de tragédia grega que nunca mais seria meu amigo.
O "nunca mais" durou, afinal cinco minutos. Passado esse tempo tentou voltar à negociação:
- Olha, se me deres cinco euros, peço-te desculpa.

Então não?

Agora sim: Bom fim-de-semana!

Esperança

Foi pela caixa de comentários do post de baixo que percebi que o sonho da Maruja continua próximo da realidade. O resultado 13 do beta passou a 35 e eu acredito que na segunda-feira vai ser bem maior. Creio que é desta. É bom constatar que os nossos sonhos podem realizar-se, mesmo quando atiramos a toalha ao chão.

Bom fim-de-semana!

terça-feira, 21 de julho de 2009

O melhor aniversário de sempre

Memorável!
Pela festa, pelos amigos, pela forma como os convivas alinharam em vestir-se à 70’s, pelos comes e bebes, pela música, pelo local da festa… por tudo o que permitiu uma entrada em grande nos 34.
Apesar de me ter esquecido de carregar a bateria da máquina fotográfica, as imagens daquele dia, daquela noite, sobretudo, vão ficar para sempre registadas na memória.
Os amigos, aqueles a sério, estavam lá todos. Foi como ter o coração de fora do corpo e ver todos os seus habitantes ali, ao meu redor, a celebrar a minha existência.
Por aqui também houve congratulações e a todas as que o fizeram os meus sinceros agradecimentos, especialmente à Susana que, além do comentário, enviou-me mensagens carinhosas, como já me habituou…
Com tudo isto nada mais podia fazer senão encher-me de forças para o futuro. Um futuro que pode estar já ali ao virar do 18 de Agosto.
É nisso que espero que a Maruja também continue a acreditar. Que apesar das agruras da vida, vale sempre a pena prosseguir e perseguir os sonhos. E se os castelos que construímos no ar se nos abaterem na cabeça, os amigos estão sempre ali ao lado, como nós estamos incondicionalmente por eles.
Os meus estão. Vi-os nos olhos e senti-os nos abraços deles, no dia 17.

quinta-feira, 16 de julho de 2009

The time is now

O fim-de-semana começa hoje e, hoje também, acabam os 33.
JC, toma!!!

Beijinhos.

segunda-feira, 13 de julho de 2009

18 de Agosto

É quando o meu médico regressa à clínica e é quando tenciono lá voltar para planearmos o novo tratamento.
Já marquei férias para a segunda quinzena de Setembro para poder ficar no recato do lar sem correr riscos. Agora não vacilo mais. Não quero passar novamente por esta sensação de vazio.

Enquanto isso - e para ajudar a carregar baterias - vou pensando na festarola de sexta-feira!

quinta-feira, 9 de julho de 2009

Por água abaixo

O 12, aquele em que tínhamos depositado tantas esperanças, desceu para 1.
Nada feito desta vez.
Suspende-se a medicação, dá-se descanso ao corpo.
Imagino que lá para Setembro voltaremos à carga.

quarta-feira, 8 de julho de 2009

A véspera

Mais depressa me queixava, mais depressa passavam as dores. Hoje já me sinto novamente ao comando de todas as minhas capacidades, sem a conversa de centro de saúde e da dor aqui, dor ali... Apre! Desculpem o mau momento.
O médico lá acabou por ligar, mas mais tarde do que o previsto. Eram 20h30, imaginem. Já tinha entregue o corpo à preguiça (a ver aquela miséria que foi o "showneral", como lhe chama hoje o «Público») quando o telefone tocou com o amoroso doutor do outro lado a falar-me num tal de resultado baixinho, mas que se triplicar, ou se chegar aos 20, já é uma evolução!
Como não sou de meias-tintas, atalhei caminho e fui-lhe falando nos embriões que temos congelados (ah pois é!!! Os verdadeiros Douradinhos!!!) para perguntar quando é possível, se for caso disso, voltar à carga. Disse-me que agora, mesmo que o "12" não evolua, já estamos num patamar superior, uma vez que em termos "técnico-científicos" um primeiro positivo significa que "estamos perto" de conseguir o objectivo.
Quanto ao novo tratamento, se for caso disso, reitero, vai ser bem mais simples e precisa apenas de 15 para preparar o útero.
Gostei do que ouvi.
Mas nada de saltar etapas. Pode nem ser preciso!
O beta é amanhã às 9h30!

terça-feira, 7 de julho de 2009

Rai's partam

A porcaria das dores. Chiça.
E dá-me a sensação que o transparente começou a escurecer e a surgir acompanhado de umas pintinhas castanhas. 'tou feita. É que amanhã faz precisamente um mês que os dias difíceis chegaram. Será que vão chegar dias mais difíceis ainda?
É que não estou a imaginar-me a recomeçar tudo. Rai's partam.
Isso e a vontade de desabar e soltar umas lagrimitas. As if...
Rai's partam as hormonas.
E mais rai's para o médico que só deve ligar às 19h00.
E outros rai's para o centro de saúde que demora uma vida mais seis meses a passar a treta do P1 para o novo beta. É que se não o levar tenho de desembolsar 75 mocas.
Chiça.

Alguém me dê um estalo que estou um tanto ou quanto histérica!
Baaaah.

(Desculpem o português, mas só assim tem o estatuto de desabafo)

Para bem ou para o mal

Mas sobretudo para memória futura.
Acalento uma suave esperança de, na quinta-feira, confirmar o positivo, porém, o medo da decepção não me deixa entrar em euforias. E ainda bem.
Há uma dor nos rins constante e um pequeno peso nas pernas que me faz temer. Se bem que, pelo que li, essas maleitas são sintomas normais da progesterona, vulgo, Utrogestan.
Tentei procurar casos de sucesso que começassem como o meu, mas até agora nada (mais valia estar quietinha, eu sei, eu sei), e as informações mais científicas sobre valores baixos como o meu referem gravidezes não evolutivas ou pior, mal-formações que acabam por resultar em abortos.
Mais valia estar sossegadinha a pensar no melhor, eu sei, eu sei. Mas vocês, na minha pele, fariam o mesmo... Deixem-se lá de tretas!
O que me vale é que apesar de todos estes receios ainda tenho espaço no disco para ocupá-lo com divagações patetas, como por exemplo, o de achar (a mim e a todas as mulheres que fazem tratamentos de fertilidade) que somos as Marias dos novos tempos... ou não concebêssemos sem pecado!

Obrigada a todas pelo apoio, sobretudo à Susana Rodrigues e à Raio de Sol que, pelos seus próprios meios, estão a ajudar-me a manter a cria!

segunda-feira, 6 de julho de 2009

Positivo

É verdade, sim senhoras e senhores. É verdade que fizemos um novo tratamento, mas desta vez, por receios, muito receios que tínhamos, optámos por dar um passo de cada vez - bem consciente - para não ganhar esperanças que poderiamos ter de perder no minuto a seguir.
Foi tudo muito rápido. No dia 9 de Junho começámos as picas e, aqui a "boa respondedora", no dia 19 já estava a submeter-se à punção. A transferência de embriões (desta feita de grande nível e categoria!) aconteceu no dia 22 e foi seguida de umas jornadas de repouso. O mal maior foi mesmo aquela caminhada de dois quilómetros... Nem é bom lembrar!
O beta aconteceu esta manhã e o resultado já me foi comunicado pelo telefone. Turbilhão de emoções, uma vez mais. Temos um posito, é certo, mas muito baixinho. O resultado do beta foi um 12. Sei bem que a partir de 5 já é gravidez... e que eu tenho mais do dobro... e que numa situação normal nem sequer estaria ainda com dias de atraso... mas é um valor baixinho!
Adiante, seja como for: estou de bebé.
Cautelosamente de bebé.
Na quinta-feira vou repetir o beta e, se o valor aumentar, aumentam também as possibilidades de manter a cria dentro de mim.

Uma vez mais vos peço: Rezem, ou para os que não são de rezar, torçam por mim.

Boa semana!

(hCG levels in weeks from LMP (gestational age):
3 weeks LMP: 5 - 50 mIU/ml
4 weeks LMP: 5 - 426 mIU/ml)

quinta-feira, 2 de julho de 2009

Susto

Ao fim de nove dias de vitórias, um sinal, uma ligeira mancha rosada.
Através das dores costumeiras (nas costas e nas pernas), o corpo tem emitido alertas, mas não quero acreditar neles. Não quero acreditar no pior.
O tal do sinal surgiu durante a noite, apenas uma vez, mas desapareceu.
Além disso, fiquei com uma dor na zona do ovário direito.
Acho que tem a ver com a caminhada de quase dois quilómetros (embora que em passo bem lento) de ontem que tive de fazer para chegar a casa porque, inesperadamente, o carro ficou na oficina!
A certeza só chega depois do fim-de-semana.
Vou tentar manter o pensamento positivo, assim como o resultado que espero obter.
Rezem ou, para os que não são de rezar, torçam por nós.

Vi agora isto no fórum da Associação Portuguesa de Fertilidade sobre o assunto:
- “Se for só um ligeiro corrimento até pode ser o embrião a implantar-se”

- “Nada de negativismos. Pelo que tenho ouvido aqui no fórum, isso não significa nada. Pode ser simplesmente o embrião a implantar-se no útero”

PODE SER! ESPERO QUE SEJA!

quarta-feira, 1 de julho de 2009

Execrável mundo novo

Contam-me agora que é prática comum, esta de assaltar gente sinistrada nas estradas.
Agora percebo por que há tantas pessoas a pararem para prestar "auxílio" aos acidentados.
Parece que se fazem verdadeiras limpezas!
Palhaçada.

Coisas boas: Mais um dia, mais uma vitória.
Prosseguimos.

terça-feira, 30 de junho de 2009

Que gente é esta?

Ainda estou meio abananada com o que acabei de ouvir.
Não é que há gente que se aproveita da confusão instalada por um acidente para roubar? Não é que roubaram o capacete do estafeta que na semana passada teve um acidente? Repetindo e explicando: Houve um iluminado que passou pelo local do acidente e levou o capacete todo esmurrado que estava pousado no chão?
O que é isto?
Alguém me explica?

Como diria a minha querida Mir: Inspira, expira.

Agora sim.
Mais um dia de vitória.
Venham os próximos.
Unidos, venceremos.

segunda-feira, 29 de junho de 2009

34 é o dobro de 17

Não é grande desculpa, mas serve.
O que interessa é ter os amigos por perto no dia em que celebramos a nossa existência. De sexta a quinze faço 34 e não me apetece deixar passar a data em branco.
Sempre fui muito festeira - em criança, cheguei a festejar o aniversário três vezes com três grupos de amigos diferentes: os da escola, os de fora da escola e a família -, mas, curiosamente, há três anos que não faço pêvas. Ou porque me apetecia passar só com o meu marido, ou porque nessa altura estava de férias longe daqui ou, no pior dos casos, porque nesse mesmo dia tinha o canalizador lá em casa.
Depois deste último episódio, decidi não vacilar e voltar às parties.
Os amigos estão convocados e já sabem que vão ter de trazer um adereço alusivo ao bonito ano do Verão Quente de 75. O resto... deixem comigo.

Estou contente!

Who's dead?*

Que o Michael Jackson foi um grande artista, já o sabemos, paz à sua alma e coisas do género. Claro que, como todos, também bati o pé ao som de «Beat it» ou de «Billy Jean» e fiquei aterrorizada com a novidade que foi o «Thriller». Se bem que a minha favorita (e a prova disso é que está no iPod há mais de um ano) seja o «Human Nature».
Michael Jackson foi um enorme artista. Claro que sim. Nada de novo.
Mas, uma vez mais, prefiro ver este episódio da vida pelo lado negro (negro?!?) e corrosivo da coisa. Para isso, nada melhor que os ingleses que, mesmo a falar sério, conseguem usar da ironia. Haverá melhor para espantar espíritos e exorcizar males e fantasmas?
Num debate de sábado de manhã da Sky News», cantores e estudiosos de música contemporânea enalteciam a obra Michael Jackson, sem se esquecerem de mencionar “o Frankenstein da sociedade norte-americana” em que acabou por se tornar. Verdade, verdadinha!
Com muita sobriedade e bom tom, fizeram mesmo o paralelo entre o artista e aquela que tinha morrido no mesmo dia que ele. Diziam, sem pejo, que no último suspiro, Michael Jackson e Farrah Fawcett estavam fisionomicamente parecidos. Ou não tivessem sido as telas de um mesmo cirurgião plástico!
Agora já podem fazer o moonwalk juntos...

Por aqui, um dia de cada vez. Um dia, uma vitória. Já contamos alguns a vencer!

Boa semana!

(* Aludindo a esse grande tema que foi o «Bad»)

quinta-feira, 25 de junho de 2009

Pause. Play.

Os feriados e os santos populares foram os responsáveis por estes dias de ausência. Foram dias de tanto descanso que o corpo até ficou maçado da cama e do sofá.
Hoje, o regresso ao trabalho faz-se ao mesmo ritmo desta chuva que cai devagarinho para nos refrescar dos dias idos e para tornar mais limpo o caminho que temos pela frente.
Os espermogramas do rapaz continuam a revelar grandes diferenças relativamente ao susto de Março. Os biólogos dizem que nem parecem da mesma pessoa. Mas são! Olá se são!

quarta-feira, 17 de junho de 2009

E por falar em "Papel. Que papel?"

Alguém explica aos senhores dos Centros de Saúde (e, já agora, das Finanças) que aquele aparelho que costuma tocar insistentemente se chama telefone e, normalmente, tem pessoas do outro lado a querer obter informações?
E não é válido como desculpa dizer que estão muito ocupados porque eu também estou e, ainda assim, é verdade, ainda assim, pego no auscultador dessa máquina do demo que está aqui ao lado do rato. Mesmo quando do outro lado há desocupados tresloucados a querer insultar-nos até à quinta geração.
Não é esse o meu intuito, juro. Nem estou só de gabardina vestida.
Precisava apenas de marcar uma consulta.
Obrigada.

E a saga continua...triiiiim... triiiim.... triiiim... triiiim...
Haja paciência!

Alto! Ouço vozes... meia hora depois. E não é uma alucinação! Alguém do centro de saúde descobriu o manual de instruções do telefone e está agora a falar comigo. O problema é que não deve ter conseguido chegar ao capítulo do "Redial" porque me está a pedir para ligar o mesmo número, mas a terminar em "72". Ainda dizem que Saramago é que é difícil de ler...

O papel. Que papel? O papel!


:)

terça-feira, 16 de junho de 2009

Notas soltas

1. Um mês depois da entrega da declaração, o reembolso do IRS já cá canta! Uhuh!

2. A praga das formigas voadoras voltou a infestar o local de trabalho. Blargh.

3. O papel de parede não caiu e já há fotografias, mas continuam sequestradas na máquina que ficou esquecida em casa. Bah!

4. E que tal mais uma candidíase? Melhor ainda: E seis cânulas de um bonito comprimento para fazer chegar o creme ginecológico ao sítio certo? Yummy!

5. Espreito a televisão e é lá que está hoje uma senhora a submeter-se a uma mudança de visual. Estou curiosa para ver o resultado porque, a avaliar pela "tela em branco", ou propõem à cobaia que nasça novamente ou sugerem-lhe uma mudança de sexo. "Augusto, minha senhora... A partir de hoje chama-se Augusto! Ora veja aqui ao espelho como fica com essas calças largas coçadas e a camisa de flanela!" Isso sim, seria uma "extreme makeover"!
Se, neste momento, não estivesse a imaginar a minha mãe a dizer que "Deus ainda me castiga", seria menina para ter pensamentos deste calibre. Shame on me.

segunda-feira, 15 de junho de 2009

Borboletas lavanda ou alfazema

Depois de dormir, mais dormir e muito dormir, as mini-férias terminaram ontem com um dia intenso de labuta ou não fosse a arte de colocar papel de parede uma tarefa árdua. Já tínhamos os rolos desde o Carnaval, mas só ontem chegou a vontade e a coragem de avançar. Confesso que era grande, mesmo muito grande, o medo de falhar a consistência da cola e de estragar o papel, porém, o resultado encheu-nos de orgulho.
Não sei se hoje, quando chegarmos a casa, vamos ter as tiras de papel caídas no chão (rezo para que não), mas ontem à noite estávamos ufanos do trabalho que começou às 15h00 e só terminou às 19h00.
Agora, o segundo quarto de nossa casa – aquele que um dia queremos ver ocupado pelo nosso filho – já não tem paredes com riscos, nem buracos de pregos falhados.
Agora as paredes são brancas e têm umas pequenas, pequeníssimas, borboletas lavanda ou alfazema. Não são de cor lilás, nem roxa. Lavanda ou alfazema, isso sim, como a serenidade que encontro nos sonhos e naquela quase-penumbra de estores propositadamente mal fechados.

Boa semana!

terça-feira, 9 de junho de 2009

E se de repente a minha testa batesse no teclado?

Isso seria sono, muito sono.
Ainda bem que já é sexta-feira, ou melhor, é como se fosse!

Bom fim-de-semana.

segunda-feira, 8 de junho de 2009

O que há-de ser de nós?

Tudo está diferente desde a semana passada.
Nem sequer me passava pela cabeça que, no momento em que fechasse os olhos e caísse naquele sono pesado, ele me fizesse aquilo à socapa.
Nunca me disse que precisava daquilo, nunca revelou que sentia necessidade e por isso nunca me apercebi.
Nas nossas conversas o assunto nunca veio à baila. Nem com os outros. Nunca me apercebi porque, afinal, esperou sempre pela minha ausência para o fazer.
Fê-lo num dia, fê-lo no outro e só quando o apanhei me confessou que o fazia.
Apercebi-me pelo ruído, pelos murmúrios e também por causa de uma leve desconfiança que já não me deixou adormecer.
Apanhei-o ali, ao meu lado, com a prova da traição na mão e os olhos postos no pecado.
Na mão, o comando da televisão e o dedo ainda pousado no 4. Os olhos, esses castanhos de traição, especados na telenovela da TVI.
Estou chocada. Não sei o que hei-de fazer. Éramos tão felizes. Como pôde isto acontecer-me?
O meu marido gosta de telenovelas da TVI!!!
Nããããããããããããão.

sexta-feira, 5 de junho de 2009

Dilema


Alguém me explica por que razão é que os morangos acabam na altura em que são melhores?
Vale-me comprovar que os pêssegos que comprei anteontem já são muito recomendáveis.
E com este apontamento frugal me retiro para mais um fim-de-semana.
Hoje há concerto dos Táxi. Querem boleia?
Beijinhos.

quarta-feira, 3 de junho de 2009

Dez anos

Fez na segunda-feira dez anos que consegui o meu lugar ao sol na actividade profissional com a qual sonhei desde a meninice - quando o bloco e caneta eram os meus melhores amigos - e que ainda hoje tenho a sorte de desempenhar.
Foi no dia 1 de Junho de 1999 que agarrei o touro pelos cornos, contrariando uma vez mais a vontade paterna que já antes não tinha conseguido convencer-me a seguir o curso de Direito. Fiz o outro, o que efectivamente gostava. Vieram monografias, envios de currículos, estágios e mais estágios, trabalhos não remunerados, decepções e expectativas constantes, mas no dia 1 de Junho de 1999 nascia para a profissão que ainda hoje mantenho e que ostento ufanamente numa carteira profissional.
Dez anos depois, continuo a perseguir este sonho a que chamo de vocação, embora que de forma mais madura, consciente de que as coisas estão difíceis e que um dia podem terminar abruptamente. Tenho visto tantos ultimamente...
Mas, dez anos depois, as histórias que acumulei já ninguém pode tirar-mas por mais formatações ao disco que me façam.
Foram dez anos que fizeram de mim uma parte muito importante daquilo que sou hoje porque, no fundo, os dez anos de trabalho foram acima de tudo dez anos de vida.
Foram dez anos a ficar até às tantas às voltas de um texto sendo que o reconhecimento no dia seguinte sempre foi paga suficiente.
Foram dez anos a passar recibos verdes e depois a regozijar com a entrada nos quadros da empresa.
Foram dez anos a conhecer gente, alguns dos quais transferidos para a coluna dos amigos. E, sobretudo, foram precisos estes dez anos para ser tomada de amores.
Dez anos depois constato que JÁ passaram dez anos. Sorrio. Não porque esteja dez anos mais velha, mas sim porque estou dez anos mais rica.

terça-feira, 2 de junho de 2009

É o que dá ter a televisão no quarto

Adormeci a ver as notícias sobre o avião da Air France do qual se perdeu o rasto e passei uma noite terrível. Uma noite inteira a ver-me dentro e fora do avião, a sofrer como deve ter sofrido aquela gente que seguia a bordo ou a sofrer como sofre aquela gente que ainda acredita que os familiares possam estar a salvo.
Raio de noite horrorosa que me valeu um torcicolo dos valentes. Apenas uma porcaria de um torcicolo que é nada, rigorosamente nada, comparado com a dor do tamanho do mundo que estão a sentir os que ficaram.
Odeio aviões.
Odeio por isto que aconteceu e que está muito bem resumido num texto publicado na revista do «i» de sábado que dizia qualquer coisa assim: "O avião é meio radicalmente mais seguro do mundo, mas é também o mais radicalmente fatal".

segunda-feira, 1 de junho de 2009

Bricolage sexy

Na única experiência lésbica da minha vida, aquela que por norma repito anualmente, ou seja, na visita à ginecologista aconteceu-me um episódio caricato. Tudo começou no momento em que me sentava na marquesa e colocava a primeira perna no apoio de plástico... pimbas... aquela tralha caiu. A médica explicou-me que tal aconteceu por causa das senhoras da limpeza que tinham andado por ali, momentos antes. "É bom sinal, é sinal que limpam a fundo", dizia e sorria a doutora.
Agora imaginem esta cristã – em pelota da cintura para baixo e, por isso, timidamente de joelhos para dentro – a segurar no apoio de pernas enquanto a médica apertava os parafusos do dito apetrecho.
Se a ideia era relaxar-me e desviar as minhas atenções, resultou...

Este post é especialmente dedicado à Susanita que está um bocadinho em baixo. Beijo grande.

Eu sabia que esse dia ia chegar

Às dez e meia da manhã de sábado pedi ao meu rapaz para ser a primeira a tirar sangue, para não ter muito tempo para pensar no assunto e sofrer por antecipação. Assim foi. Lady's first. E só vos digo: Quem me viu e quem me vê! Nada de fanicos, de chiliques, de quebras de tensão, de cabeça entre as pernas, de chupa-chupas e pacotes de açucar. A agulha saiu como entrou, sem suores frios, nem ansiedades da minha parte. Levantei-me da cadeira, passei o testemunho ao rapaz e segui para a casa-de-banho com o frasquinho da colheita do xixizito. À saída, o J. já me esperava anunciando: "A senhora disse-me que tu te tinhas portado melhor do que eu!".
Eu sabia, obrigada, meu Deus! Eu sabia que esse dia ia chegar. Agora sim, já sou uma menina crescida!

Boa semana.

sexta-feira, 29 de maio de 2009

Siga

Quistos de água. Alguns. Pequenos. Nada mais.
Enquanto esperava pela médica naquela penumbra e de braços atrás da cabeça, pensava que dentro em breve podia estar a lembrar-me com saudade daquele exame. "Quem dera que fossem todos assim", suspirei.
E o "breve" é, afinal, já amanhã. É que a manhã de sábado vai servir para estender o braço e deixar tirar o que for preciso para as análises de rotina. Tem de ser. Pior mesmo, só o jejum de 12 horas! Humpf! É que, numa sexta-feira, não está com nada só pode comer até às 22h00!!!

Bom fim-de-semana!

quinta-feira, 28 de maio de 2009

SPA preventivo

Hoje é dia de ecografia mamária.
E porquê SPA? Porque aquilo é quase uma massagem, tem gel e tudo, com a vantagem de nos precaver para esse enorme mal que é o cancro da mama.
Não fosse aquele exame uma coisa séria e não estivesse eu a lidar com médicos, ainda me virava de costas na marquesa e pedia aos senhores para fazerem o mesmo nas costas!

Bom, muito bom

Terminar o dia na esplanada dos idos tempos de adolescência a beber uma água tónica.
Paz.

terça-feira, 26 de maio de 2009

Admirável mundo novo

Se bem que, de admirável/notável, tenha muito pouco! Tem mais de admirável/Que causa admiração ou espanto.
Foi esse admirável o mundo novo que encontrei ontem à tarde no centro comercial aonde tive de ir por causa da segunda via da factura do oculista para preencher uma declaração de IRS que nem sequer me pertence, até porque a minha seguiu logo no dia 16.
E admirável porquê? Pelo facto de às 15h00 de uma segunda-feira estar repleto e ter os parques de estacionamento lotados. Eu sei que há quase meio milhão de desempregados. Eu sei que mais de 40 por cento são da Região Norte. O que não sabia é que estavam todos no centro comercial, às 15h00 de uma segunda-feira. Só pode.

Mais: Os carrósseis do Senhor de Matosinhos estão parados. Estranho. No sábado fiquei com a impressão que os jovens que lá andavam de calças de cinta descaída e de lenços palestinianos (ou panos de loiça) queriam dar a entender às miúdas que eram radicais e corajosos. É vê-los lá agora... Sim, sim. Isso, isso. Agora é que seria de enaltecer os feitos desses "gandas malucos"! Ai queres adrenalina? Então experimenta lá o super radical equipamento onde se partem os ferros. Mas assim já não querem, assim já não brincam! Dizem que professam a religião da adrenalina, mas só em segurança. Ui.
É por isso que eu prefiro a "secção" das assadeiras. Quem lá anda não quer parecer mais do que aquilo que na realidade é.

Dele

Seguimos viagem a um ritmo mais lento, mais cauteloso e, acima de tudo, ao ritmo de cada um. Coloquei-lhe nas mãos a decisão do nosso futuro. Dos nossos futuros. Está a fazê-lo e eu observo-o. Sinto que por nós está a renascer.

segunda-feira, 25 de maio de 2009

Mais

Ao fim de quase um ano de trabalho seguido à semana e ao fim-de-semana, neste sábado e domingo quase nem sabia o que fazer com tanto tempo livre. Com o fim desta época futebolística, o que no meu caso também significa descanso ao fim-de-semana, voltei a saber o que é ter dois dias de descanso, duas manhãs de sonos mais longos e duas noites de conversas até mais tarde.
No sábado, houve passagem pelo centro comercial para tratar de assuntos pendentes como revelar fotografias, fazer cópias de chaves, tratar de presentes de aniversário e, claro, ver montras. À tarde, passámos pelo Senhor de Matosinhos – imaginem! – e pelo carrossel no qual, horas depois, viria a suceder aquele acidente. À noite, festa de anos da irmã e uma conversa tão boa quanto divertida.
No domingo, almoço de família e cinema: “Ele não está assim tão interessado”, com o Ben Affleck, Jennifer Anniston, Scarlet Johanson, Drew Barrymore e Bradley Copper. Cuidado com este rapaz. Ui!
Depois de tudo isto, há força mais do que suficiente para enfrentar a nova semana e tudo mais que surgir. Assim espero.
Boa semana.

A erguer-me

E a erguer-nos também. Paulatinamente.
Juntos tentaremos reapreender a andar e a prosseguir a nossa caminhada.
Para já, passinhos de bebé. Um de cada vez.

sexta-feira, 22 de maio de 2009

Adiado

O espermograma teve de passar para segunda-feira.
Continuo a questionar-me sobre a necessidade de o fazer. E reitero que as minhas dúvidas nada têm a ver com o tratamento, nem com a infertilidade. O problema é nosso, só nosso, é um problema de fraquezas que tem conduzido a mentiras e a lágrimas.
Se há uns anos me dissessem que ia passar por isto, rir-me-ia. Agora respeito aquelas que são confrontadas com o mesmo. Respeito muito e deixo aqui a minha vénia.
A única vantagem de passar por isto é perceber que, afinal, sou forte como o raio.

Maruja, minha querida, obriga pelo mimo. Às que não sabem, ver no prémio #5, aqui do lado direito.

quinta-feira, 21 de maio de 2009

Porquê?

É a pergunta que mais me tenho feito nos últimos meses.
Não, não tem a ver com a infertilidade, nem com os tratamentos, mas com o que me caiu em cima da cabeça nos últimos tempos. Foi grave, continua a ser e pode ser o responsável pelo nosso problema. Pior do que isso, pode ser o motivo do nosso afastamento.
Para já, tudo muito nublado e a dificultar previsões do estado do tempo psicológico para os próximos tempos.
Para já, a certeza de uma colheita marcada para amanhã e a incerteza de saber se valerá a pena fazer.
A minha cabeça tem andado numa montanha-russa de emoções e está demasiado atordoada para tomar decisões. Anteontem estava a subir para ontem descer.
O problema é que não percebo porquê. Por mais que tente racionalizar, não consigo perceber.

terça-feira, 19 de maio de 2009

Porque recordar é viver


E "viver" ali uma semana foi tão bom. Saudades.
Boa semana!

sexta-feira, 15 de maio de 2009

Parabéns!

Parece que daqui a nada vamos poder iniciar um novo ciclo.
O nosso amigão disse que os números da colheita de hoje são bem melhores do que os anteriores e, da bicharada que por lá pululava, dois tinham-se destacado pelo facto de serem "muito rápidos".
Duas palhetas já cá cantam, "esperemos que a segunda não seja necessária", e daqui a uma semana o meu enorme marido volta à carga para se aumentar a produção e assim as possibilidades de sermos bem sucedidos.
"Parabéns" foi a palavra que o amigão mais vezes repetiu naquela chamada telefónica.
Parabéns é a palavra que tenho também para o meu querido que é um herói.

Bom fim-de-semana!

quinta-feira, 14 de maio de 2009

É só p'ra avisar

O amigão que está a levar-nos ao colo nesta coisa do tratamento telefonou ontem para lembrar que a colheita era já na sexta-feira! "Abstinência de três dias, sim?"Como se pudessemos esquecer-nos!!!
E aproveitou para me dizer que pode haver necessidade de o rapazola repetir o espermograma já na segunda-feira.
Ainda haverá quem duvide que tenho um homem dos grandes ao meu lado?

P.S. Maruja, desculpa não te ter incluído na lista do post abaixo das meninas que considero visitas da casa. Não foi por mal, mas a emoção do momento traiu-me. Considera-te uma das felizes contempladas!!! Digo eu, armada aos cágados.

quarta-feira, 13 de maio de 2009

Um brinde ao bebé da Drikas!

A cegonha desta minha amiga recebeu finalmente a nota de encomenda e já está a caminho. O sentimento que guardo aqui dentro é agora um misto de alegria e esperança e ambos fazem um cocktail molotov que vai estourando em sorrisos e olhos brilhantes de emoção.
A Drikas, nunca o disse, tornou-se numa amiga que quero preservar. Mesmo sem nos conhecermos, sem termos trocado uma palavra a não ser através da caixa de comentários dos respectivos blogs, penso nela muitas vezes e na força que tem e que dá a quem, como eu, a perde de quando em vez.
A Drikas entrou na minha vida por aqui, com uma estória semelhante à minha e agora com uma novidade muito feliz. No fundo, reitero, ela e as outras visitas da casa sabem mais de mim do que muitos dos que têm o meu sangue nas veias, dos que se dizem meus amigos... E a razão é só uma: Estamos unidas pela mesma causa e isso aproxima-nos. A mim aproximou-me da Drikas, da doce "Raio de Sol", da extraordinária Raquel, da corajosa Susana Rodrigues, da sempre presente Miranda, da Sra. Incrível Susana Pina, da meiga Dalila e da terna Angel. A todas, obrigada por estarem sempre aí. Mas, para acabar com a lamechice pegada que se está a tornar este post, 'bora encher a Drikas de mimos que a rainha agora é ela!
Parabéns, minha querida!
Parabéns, bebé, não podias ter escolhido melhor mãe!
Um brinde!

terça-feira, 12 de maio de 2009

Aí vamos nós!

Problemas técnicos sanados (os mesmos que me impediram de passar por cá mais cedo), regresso para dizer, tal como o grande Sérgio Godinho: "Cá vamos andando com a cabeça entre as orelhas". A semana de descanso fez-nos maravilhas, porém, o regresso deu-nos de mão beijada alguns acontecimentos menos amigos de sorrisos... Por causa de discussões inúteis e patetas tivémos desaguisados familiares que podiam ter conduzido a afastamentos. As coisas ainda não estão resolvidas, nem de longe, nem de perto, mas pelo menos ficaram em banho-maria até que as cabeças arrefeçam dos ânimos exaltados. Com estas confusões, quase nos esqueciamos de nós e do que aí vem. Inspira. Expira. Uff.
O primeiro espermograma está marcado para sexta-feira. A batalha vai recomeçar. Antes disso, em tempos de paz limpam-se as armas!!!
Torçam por nós.

quarta-feira, 6 de maio de 2009

A mirar o horizonte


Saudades deste passado ainda tão recente. Aqui, na fotografia, no Relvão, na Terceira.
Sim, Raquel, passámos pelo Faial. E pelo Pico. E por S. Miguel.
Juro-vos que nunca vi nada assim tão exuberante, surpreendente, lindo.
Ficámos apaixonados por aquelas terras mágicas de vulcões, tempestades, algares de carvão, lamas quentes, miradouros, caldeiras...
Queremos ali regressar tantas vezes quantas nos forem permitidas. Afinal, sentimo-nos ali tão felizes!!! Foi tão bom ter aquele homem 24 horas ao meu lado, a partilhar toda aquela magia!
Estou deslumbrada com o que os meus olhos tiveram a sorte de testemunhar, com o que o meu coração sentiu, com os sorrisos imensos que sorri.
Sinto-me feliz e com a força necessária para avançar. E não foi preciso subir ao Pico. Ainda.
E que inspiradora foi a boa nova da Angel. Feliz por ela. Felicidades!

terça-feira, 5 de maio de 2009

That's all, folks!


Saudades dos tempos em que o enorme Vasco Granja nos tratava por "amiguinhos" e nos dava cinema de animação. Antes do Bugs Bunny, os desenhos de leste – a sopa antes do doce –, num mundo pouco distante da globalização, da internet, dos telemóveis e da televisão com muitos canais. Um mundo em que ainda éramos crianças e podíamos brincar na rua.
Saudades.
Paz à sua alma.

segunda-feira, 4 de maio de 2009

A ligar os motores


Para retomar a viagem. Devagar.

sexta-feira, 24 de abril de 2009

Máquina do tempo

Finalmente, o meu sonho de voltar atrás no tempo vai concretizar-se, mas não o suficiente para conhecer os meus pais na adolescência. Nada disso. Vou só recuar uma horita já no domingo para a anunciada semaninha de férias insulares. É mais um marco nas nossas vidas que deve assinalar a passagem a uma nova etapa da nossa caminhada pela vida. O regresso vai implicar trabalho, obviamente e ainda bem, mas vai ficar marcado - esperamos nós - pelo início do novo tratamento. Inspirar. Expirar. Primeiro, haja verde e vaquinhas!

terça-feira, 21 de abril de 2009

Mundo Kusturica

Depois de na sexta-feira ter estado ali, na primeira fila, a ver o circo musical do Emir Kusturica e da sua muito fumadora «The Non Smoking Orchestra», olho para as notícias dos jornais e não consigo baixar o volume do «Bubamara» que desde então tenho na cabeça. Pelo contrário. Com o que leio nos matutinos, o «Bubamara» ou «Pitbull Terrier» tocam ainda mais alto. Se não, veja-se o caso daquele baptizado em Paredes que começou amenamente na igreja e culminou com uma troca de tiros depois de um desaguisado entre o avô materno e o tio paterno do menino. Páginas à frente, descubro que já há senhoras a dar assistência sexual a deficientes. Pelos vistos, a Suíça, a Espanha e a Dinamarca dão cartas nesta área e há até o caso de uma licenciada em Ciências Políticas, de 41 anos, especializada em satisfazer os desejos mais íntimos de pessoas com todo o tipo de incapacidades, desde as físicas às psíquicas. Como se não bastasse, ainda sou apresentada à nova arma da GNR para o combate à pirataria: O Ruca. Nem mais. Assim se chama o cão treinado para farejar cds e dvds que não sejam originais. Estou maravilhada.
Isto é o mundo Kusturica na sua essência. Confesso, porém, que anseio pelo dia em que - tal como no «Gato Preto, Gato Branco» - vão descobrir a mulher gorda que consegue arrancar pregos com o rabo. Pode ser que o Ruca a fareje.

segunda-feira, 20 de abril de 2009

Todos os anos deviam ser anos de eleições!!!

Pelos vistos e finalmente, a promessa passa hoje à prática.


O Estado vai aumentar de 37 para 69 por cento a comparticipação nos medicamentos utilizados nos tratamentos da infertilidade e encaminhar de imediato para o privado casais em lista de espera, revelou a ministra da Saúde.
Em declarações à Agência Lusa, Ana Jorge revelou que as duas medidas constam de dois despachos que entram hoje em vigor e que visam dar cumprimento à promessa do Governo de resolver as listas de espera para tratamentos de Procriação Medicamente Assistida (PMA). Previsto para o final do ano passado, o encaminhamento dos casais que aguardam por um tratamento no sector público para o sector privado ainda não começou e só deverá acontecer, conforme previsto, no final do primeiro semestre. Por esta razão, o Ministério da Saúde elaborou um programa provisório que deverá dar resposta aos casais em lista de espera há mais de um ano. Estes casais poderão, se assim quiserem, ser encaminhados para quatro centros privados que aceitaram a contratualização com o Serviço Nacional de Saúde (SNS). São eles o British Hospital, Instituto Valenciano de Infertilidade (IVI), em Lisboa, e a Clinimer e a Ferticentro, na zona Centro. Caso queiram, estes casais poderão igualmente ser inscritos em instituições públicas que não têm lista de espera, adiantou a ministra da Saúde. [...] Outra medida para ajudar os casais a terem filhos com ajuda da medicina é o aumento da comparticipação dos fármacos utilizados nos tratamentos e que são muito dispendiosos. Segundo Ana Jorge, a comparticipação do SNS vai aumentar de 37 para 69 por cento, o que representa - para uma média de 2.500 ciclos - um aumento da despesa do Estado de 1.051.000 euros, montante que os casais pouparão. O custo dos medicamentos utilizados nas técnicas de PMA é muitas vezes impeditivo dos casais se submeterem a um tratamento, mesmo no sector público. Em média, cada ciclo custa actualmente, em fármacos, cerca de 2.000 euros. Ana Jorge inaugura hoje o centro de PMA da Maternidade Alfredo da Costa (MAC), em Lisboa, que foi remodelado no âmbito do apoio do Estado ao combate à infertilidade - para o qual o Serviço Nacional de Saúde (SNS) disponibiliza uma verba de 12 milhões de euros para 2009. Após realizar obras no valor de 530 mil euros, o centro começou a funcionar no início de Março, mas ainda não realizou qualquer tratamento com técnicas de PMA, pois depara-se com uma grave falta de profissionais, reconhecida pelo director da MAC, Jorge Branco.
(in Lusa)

sexta-feira, 17 de abril de 2009

Do it

É o nome do novo single dos portugueses «Fingertips». E, com esta pele de galinha que me acomete no momento em que ouço o tema, sinto-me em condições de assegurar que é uma "ganda" música. O vocalista, o jovem de ares aristocratas Zé Manel, explica que na letra fala das pessoas que, em vez de olharem para o próprio umbigo, preferem olhar para o dos outros para dizer mal. É. Onde é que já ouvimos isto?!?
Na parte que me toca, é num momento de introspecção que me encontro. Num momento em que penso muito no que nos aconteceu e me questiono se a responsabilidade da perda do ovinho não terá sido minha ao desistir dele. Já sei que me dirão que não, que era o que tinha que acontecer, mas estou bem ciente de que pouco depois das primeiras perdas, aquelas que todas já sabemos que são da cor do café, pus o Utrogestan de parte.
Em vários fóruns descubro agora que muitas das mulheres que também têm aquelas perdas estão, no fundo, literalmente no fundo, grávidas. A diferença é que elas não fizeram o mesmo que eu... não desistiram.
...
Beijinhos a todas.
Não se esqueçam: Do it!!! E, acima de tudo, não desistam.

Bom fim-de-semana.

quarta-feira, 15 de abril de 2009

Muito bem

A rapidez de raciocínio das visitantes desta casa, aliada a uma inteligência e cultura acima da média, fizeram com que acertassem no destino de férias desta vossa escriba.
O prémio para as vencedoras é pequeno, mas cheio de simbolismo. É ele um video com gratíssimas memórias de infância tantas vezes animada pelas patetices deste enorme artista. Senhoras e senhoras, o vosso aplauso para Jerry Lewis!

segunda-feira, 13 de abril de 2009

A pensar nas férias

De hoje a quinze dias entraremos de férias. Suspiro.
Inicialmente, a ideia era dar um salto à ilha de Fidel (ainda no tempo dele), mas depois de constatarmos que não conhecemos um dos nossos arquipélagos, desviámos de imediato a rota. Como deu para perceber, já entrámos na fase em que só pensamos naquela semana de descanso, naqueles sete dias longe daqui. Ansiamos por aquela semana repleta de verde e de paz, de novidades e de gastronomia da boa. Precisamos muito de vir à tona e recuperar o fôlego naquelas terras. Depois, quando chegarmos, teremos a força de que precisamos para enfrentar o touro pelos cornos e vencer.

quinta-feira, 9 de abril de 2009

Até os bichinhos!!!

Hoje, em vez de uma música, fica este título do «DN» para nos ajudar a entrar em beleza no fim-de-semana prolongado.

Chimpanzés pagam para ter mais sexo.
Machos oferecem comida às fêmeas para copularem mais.


Boa Páscoa!

terça-feira, 7 de abril de 2009

Quando a cabeça não tem juízo!

No domingo de manhã – a caminho do trabalho -, foi por mero acaso que dei de caras com o programa de rádio do Júlio Machado Vaz e com aquele tema que ainda hoje me deixa a pensar: as depressões.
Conta o “psi”, como o próprio se intitula, que as pessoas que padecem de depressões arriscam-se a ver o mal alastrar-se a um nível fisiológico, ou seja, aqueles que estão mal da alma podem, com isso, ficar igualmente com o corpo depauperado, frágil e mais receptivo a doenças. Gostei do que ouvi e gostava ainda mais que se tornasse num alerta, a divulgar numa campanha nacional, por exemplo, para que as pessoas tentassem – pelo bem delas e pelo medo de ter a porta aberta a enfermidades – saltar das depressões .
Gostei da chamada de atenção, sobretudo porque assisto a uma banalização da doença. Por todo o lado, há gente a dizer-se deprimida, ex-deprimida ou a caminho de se deprimir. Não duvido que não estejam, muito embora prefira acreditar que muitas pseudo-depressões não passam de caso graves de carência. E o assunto é tão sério... Tenho amigos tão afundados.
No mesmo programa de rádio, o “psi” continuou a falar das depressões, dando o próprio exemplo e revelando que nunca teve resultados de análises tão bons como naqueles cujo check-up decidiu fazer imediatamente a seguir às férias. Não porque se tenha portado bem, pelo contrário (diz que foram três semanas de tapas e sangria na amada Galiza), mas porque tinha estado de férias. Tinha sido feliz.
É por isso que acredito tanto naquela simplicidade do Zeca Pagodinho quando, numa música do outro Zeca, o Baleiro, afirma que "qualquer lugar acima da terra ou debaixo do céu está bom!”

É isso mesmo.

quinta-feira, 2 de abril de 2009

Ainda a procissão vai no adro

Mas ficam desde já hoje apresentados os votos de bom fim-de-semana acompanhados de um clássico da pop: "Time after time".

Beijinhos.

terça-feira, 31 de março de 2009

Zzzzzzzzzzzzzzzzzzzz


Sono, muito sono, mesmo, mesmo, mesmo muito sono. Foi o que me trouxe a Primavera. Sono que dá preguiça e que me faz arrastar em vez de caminhar. Talvez seja o desalento ou a falta de agenda. Anseio que o mês que começa amanhã acabe rapidamente, mas anseio não ansiá-lo, para poder manter-me firme sem antes sofrer um ataque de nervos. Preciso de recomeçar. Preciso de voltar a encontrar a esperança no calendário. E, acima de tudo, preciso muito de dormir.

quarta-feira, 25 de março de 2009

Porque sim

Desta vez não esperei por sexta-feira para colocar uma música no gira-discos. Sim, no gira-discos! Esta é dos meus bons velhos tempos de adolescente em que sonhava ao som de Peter Murphy que vi, já na idade adulta, lá ao longe, na geral do Coliseu.

terça-feira, 24 de março de 2009

Se eu não gostar de mim...

Por ordem de chegada: Obrigada à Maruja, à Raio de Sol, à Mãe dos Kiduxos (e que Kiduxos!!!), à Susana Rodrigues, à Drikas e à recém-chegada a este estaminé, Susie. Obrigada pelas palavras doces que me transmitiram e que me aqueceram o coração. Obrigada.
Mais.
Neste quotidiano vazio de tratamentos, de contagens de dias e de ovulações, mas a voltar a encher-se de esperança para o que aí vem, cuido de mim. Passo a explicar: Decidi brindar os meus dentes com uma agradável limpeza oral, de modo a devolver-lhes a brancura de há muitos cafés e chás atrás. Quinta-feira lá estaremos.
Tratei também de marcar uma consulta de rotina na ginecologista para ver se continua tudo bem. Sim, porque neste intervalo de tempo, esqueci-me de mim e desses exames corriqueiros que temos todas a obrigação fazer. Sobretudo aquelas a quem, como eu, já foi diagnosticado um HPV, o vírus do papiloma humano que pode apanhar-nos na curva se degenerar em cancro do cólo do útero. O meu foi de grau inofensivo, mesmo assim, a médica aconselhou-me a fazer rastreios semestrais. E não é que esta que agora vos escreve já não fazia um papanicolau há dois anos? Sim, eu mereço todos esses insultos. Sim, sim, eu sei, têm toda a razão em continuar com esse sermão. Pronto, agora já chega, já se excederam nos impropérios :) A consulta está marcada e a assistente da doutora foi do mais solícito que há ao conseguir encaixar-me na agenda do dia... 20 de Maio. É verdade! 20 de Maio. Fiquei maravilhada com tanta celeridade.
E só mais uma. A amizade é mesmo das melhores coisas que há. Uma amiga que veio dos EUA lembrou-se de mim e trouxe-me uma coisinha que ainda não chegou cá: M&Ms de manteiga de amendoim. Ui.

segunda-feira, 23 de março de 2009

Farta

Estou farta de esperar. Depois de dois anos de espera, agora mais um mês. E se calhar mais outro até conseguirmos os resultados que pretendemos para avançar novamente. Farta disto tudo. O tempo não avança e a minha vida está a passar-me ao lado.
Farta sobretudo depois de sexta-feira. Já tinha lido num blog ou noutro que o que me aconteceu é uma reacção frequente, mas nunca a tinha sentido. Num jantar com uns amigos foi-nos anunciada uma gravidez e, de imediato, os meus olhos incharam de lágrimas. De tristeza, se bem que, quem as viu entendeu-as como sendo de emoção. Não foram. Sinto-me muito triste desde então. Depois ainda levei com aqueles frases que atormentam: "Foi à primeira e há tantos casais que esperam três anos para conseguirem" / "Um dia, por brincadeira, pensámos: E se fosse agora? E foi". E relatos de ecografias e de sintomas e de outras coisas que tal.
Estou farta e com muito medo que o meu dia não chegue.
Já sei que vão dizer-me que esse momento será meu também, que um dia vou saber o que é ter uma barriga, que saberei o que é parir, ver um filho pela primeira vez, chorar de felicidade e amá-lo acima de tudo... mas, e se não for assim? Saberei suportar essa dor?

sexta-feira, 20 de março de 2009

Para entrar com o pé direito na Primavera

Uma piadinha temática para afastar as nuvens:

- Por que são necessários milhões de espermatozóides para fertilizar um único óvulo?
- Porque os espermatozóides, masculinos que são, negam-se a perguntar o caminho!

Bom fim-de-semana.

quinta-feira, 19 de março de 2009

Contente

Há cerca de um ano tentei inscrever-me num atelier de escrita criativa com o professor que mais marcou o meu percurso académico e, azar dos azares, fui traída pela preguiça que me levou demasiado tarde a tratar da papelada. Já não havia vagas. Tampa das grandes e uma pena ainda maior.
Hoje de manhã telefonaram-me para informar que em Abril vai começar um novo curso e a perguntarem se continuo interessada. "Claro que sim!"
E pronto. Lá vou eu. No dia 1 de Abril torno a ser estudante.

Medo

Um querido, queridíssimo amigo contou-me ontem que ele e a mulher já fizeram seis tratamentos de fertilidade e nenhum correu bem.

Dia do Pai

Para assinalar a data, a Associação Portuguesa de Fertilidade lança hoje o site http://www.queroserpai.com/, assim como a arrojada iniciativa de tentar concretizar a maior sondagem de sempre.
É um questionário destinado a todos os homens que querem ter filhos mas que ainda não foram bem sucedidos. Entre as questões colocadas, esta é uma das que dá que pensar: O que dirá ao seu filho quando o vir pela primeira vez?
Boa pergunta, não é?
Tramadinha.
Nós já participámos.

Feliz dia do Pai!
Felizes os que assim podem ser chamados!

quarta-feira, 18 de março de 2009

Desafio

Ao fim de todo este tempo decidi aceitar o desafio da Drikas e da Maruja* para revelar seis episódios ou momentos da minha vida. Estes que aqui desfio não são os mais marcantes, longe disso, mas foram aqueles que de imediato me vieram à cabeça e aos quais não podia fugir. Estendo o desafio a todas as compinchas cujo endereço tenho aqui ao lado e que ainda não responderam à chamada.

1. Na passagem pela adolescência achei que era bodyboarder e para prová-lo decidi colocar água oxigenada na franja que acabou por transformar-se numa madeixa branca por cima da testa. Quanto ao gosto pela modalidade, acabou no primeiro dia, no momento em que o strep me ameaçou o pescocinho.

2. Em pequena dizia que quando fosse grande queria trabalhar no campo da escrita e, ao mesmo tempo, fazer uma perninha no escritório do meu pai. Prova superada.

3. Sempre desejei ter cinco filhos.

4. Fico com os olhos a brilhar sempre que estou com um dos meus sobrinhos, sobretudo aqueles dois que me dizem que sou a melhor tia do mundo e que me escolhem para confidente.

5. A única vez que entrei pelas urgências de um hospital foi por causa de uma pedra no rim. Deram-me um Benuron 250.

6. O homem com quem casei é o mesmo que há uns bons oito ou nove anos conheci numa assembleia municipal (romântico, não é?) e com quem desde logo engracei, chegando mesmo a confessar a um ouvido próximo que... se não fosse eu comprometida, até gostava de conhecê-lo melhor!!! Quem diria.

* Não sabia que ias privatizar a tua casa. Não te esqueças de enviar o convite para encomenda.extraviada@gmail.com. Obrigada. Beijinhos.

sexta-feira, 13 de março de 2009

Mais uma sexta-feira, 13

Nem é bom lembrar a do mês passado.
Nunca tive qualquer tipo de prurido em relação a estas datas, bem pelo contrário, até porque sempre gostei de outros dias 13 por achar que, a haver superstição, me davam sorte. Também porque os considerava como os dias de Nossa Senhora de quem sou devota, confesso. Porque sim. Porque me faz bem acreditar nela. Ponto final parágrafo.
Há um mês não foi assim, apesar de o sol estar de volta ao fim de muitos dias de frio e de chuva.
Há um mês íamos ter direito à punção, à colheita de espermatozóides e à respectiva injecção. Mas há um mês a nossa esperança desvaneceu com um resultado inesperado. Há um mês a nossa vida ficou naquele lado da rua que está sempre à sombra.
Um mês depois continuamos a juntar os cacos, a apanhá-los e a deitá-los ao lixo para conseguir olhar em frente e acreditar que o nosso desejo, mais frágil do que porcelana, vai concretizar-se.
Agora temos mais medo do que há um mês e um dia, muito mais, mas a vontade persiste e, contrariamente ao desejo, é de ferro.
Assim como a fé. Inabalável.

Bom fim-de-semana.

quinta-feira, 12 de março de 2009

Gaba-te, cesta

E não é que o risoto de cogumelos ficou de comer e chorar por mais? E os morangos naquele fondue de chocolate? Ui!
O Miguel Esteves Cardoso tem mesmo razão quando diz que o temperamento de quem cozinha é o tempero do cozinhado. E o tempero de ontem foi o meu amor...

quarta-feira, 11 de março de 2009

Há três anos

Num dia de sol como este...

segunda-feira, 9 de março de 2009

Estrelas

Esta estátua chama-se «Semeador de Estrelas» e é na Lituânia que está à vista de todos. Durante o dia pode passar despercebida, mas à noite justifica o título que recebeu.
O mesmo se passa com as nossas estrelas. Podem não ser visíveis, para já, mas um dia vão brilhar só para nós! Acreditemos.


Boa semana.

sexta-feira, 6 de março de 2009

Ah!

E não se esqueçam que estão aqui para ser felizes!!!
Antes de carregarem no «play» vão buscar os lenços. Acreditem. Sei bem do que falo.

Posto isto

E porque estou embriagada de amor, só me apetece dar pulinhos de felicidade!
Vou fazê-lo com a ajuda da Kate Perry.
Juntem-se à festa!!!

Bom fim-de-semana.

P.S. 1 Bolinha de Sabão: Manda, por favor, a password para encomenda.extraviada@gmail.com
P.S. 2 Drikas: És grande!!! Gosto de ti.
P.S. 3 Susana: A minha mão estende-se na tua direcção. Agarra-a para voltares à tona. És tão respondona quanto doce! (Onde é que já vi uma assim?!? Hmmm)
E o teu Eduardo é um príncipe.
P.S. 4 Ana: Está quaaaaaaaaaaaaase!!!

Finalmente

Estou de volta para esvaziar um bocadinho este enorme saco de sentimentos.
A semana começou como eu já esperava, com aquele negativo que vocês sabem, mas teve desenvolvimentos. Não foi o resultado do teste quem me atirou abaixo, mas sim o mais importante que à minha volta se desmoronava sem que me desse conta.
Sem que me apercebesse, a principal testemunha da minha vida, a pessoa mais importante da minha existência, o homem que escolhi para me acompanhar até ao fim dos meus dias - e apesar de nunca deixar de sê-lo -, conseguiu esconder-me a enorme dor que sentia. Ao fim de todo este tempo consegui virá-lo do avesso e lamber-lhe as feridas. Finalmente, descobri-lhe a dor imensa que tanto lhe causa a morte do pai, o ardor de raiva daquela chaga do despedimento, as comichões de ansiedade da nova profissão e as espetadelas no coração causadas pelo medo de não poder ser pai. Encontrei isto tudo lá dentro, escondido de mim, demasiado distraída que andava com as nossas intenções procriativas.
Desculpa, meu amor. Desculpa se não te disse tantas vezes quantas devia que te amava. Desculpa se não te protegi dessa mágoa. Desculpa se não te abracei mais. Desculpa se me esqueci de nós. Desculpa se só agora te encontrei nesse poço fundo. Desculpa se só agora deixei que te caíssem as lágrimas.
Foi bom ter-te encontrado novamente, meu amor. Foi bom voltar a sentir o meu coração a bater forte com o teu beijo. É tão bom ter-te comigo e é melhor ainda saber que vais ficar.
És tudo para mim.

segunda-feira, 2 de março de 2009

O veredicto

O telefone tocou há cerca de meia hora e desde então estive a respirar. Tal como esperava, o meu sangue foi o bilhete de despedida do ovinho. Ontem, a hemorragia tornou-se maior, tal como a certeza de que estava sozinha. Hoje, o médico confirmou o negativo. Daqui a dois meses - se as paciências não se tiverem esgotado, se a vontade persistir e se o nosso amor continuar a falar mais alto -, voltaremos ao centro para uma nova tentativa.

sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009

Sinais

Por mais optimista que seja e esteja, já não dá para acreditar que o ovinho continue em mim. É que os sinais da visita mensal teimam em surgir, apesar de o Utrogestan tentar branqueá-los. Estão cá.
Foi bom ter o ovinho dentro de mim, gostaria que tivesse ficado, mas, enfim, ainda não foi esse o caso. Continuo a acreditar que em breve vamos ter outro que definitivamente nos queira. Assim espero.

Segunda-feira, às 9h00, lá estarei a fazer o teste.

Bom fim-de-semana.

quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009

Sonho

Foi mais do que bom o meu sonho de hoje. Foi delicioso. Nele, consegui viver a boa sensação de um teste positivo e que deu ainda para saber que se tratava de uma menina quem estava a caminho. A tal da Carolina ou da Catarina que desejamos. Acordei, sorri e soltei as amarras do sonho, dado que a concretização não deve ser confirmada na segunda-feira.
Sinto os dias difíceis a chegar, paulatinamente. Aquele sangue que me parecia ser da feridita provocada pelo fungo que veio meter-se comigo, é no fim de contas o sangue que me antecipa o negativo. Chega aos poucos, como que a preparar-me para o mais que provável tratamento mal sucedido. Foi apenas o primeiro. Depois do beta de segunda-feira, vou tratar de atalhar caminho para iniciarmos uma nova caminhada. Não foi à primeira, há-de ser à segunda ou à terceira. Haja esperança e trabalho para pagar a ciência!
Quanto à bactéria, está a ser combatida a toda a força com o Canastene Ginecológico. Resulta.

quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009

De volta

E com umas moléstias...
Há coisa de um ou dois dias ando com um prurido e uma sensibilidade anormal nas partes baixas que me provoca dor em actos tão simples como o do sentar. Não sei se terá algo a ver com a toma (via vaginal) do Utrogestan, mas por via das dúvidas já liguei para o consultório para dar conta do meu mal-estar. O médico ainda não tinha chegado, mas a assistente já foi avisando que podia ser uma candidiase. Era só o que me faltava! Sobretudo a cinco dias do teste.
Pelo que andei a ver na net, o prognóstico não deve andar muito longe da verdade. Ai não, não.

As mulheres com candidíase genital costumam ter prurido ou irritação na vagina e na vulva e, ocasionalmente, uma secreção vaginal. A irritação é habitualmente incómoda, mas a secreção é ligeira. A vulva pode ficar vermelha e inflamar-se. A pele pode ficar em carne viva e, em certos casos, gretar

sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009

Manda a tradição

Que passe por aqui para desejar um bom fim-de-semana!!!
Especialmente à Susana que deve receber a encomenda nestes dias em que vou estar um bocadinho no meu Paraíso!

Beijinhos.

quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009

Para não fugir à rotina

Não por sugestão do médico, mas também incentivada por ele, não parei de trabalhar. Mantive o meu dia-a-dia laboral, das 6h00 às 18h00 ou 19h00 e acho que fiz bem. Acho. Também por isso venho aqui deixar este desabafo para saber a vossa opinião, até porque algumas das visitantes da tabanca são mais do que versadas no assunto. A Dalila, então... ui! Já é doutorada no tema!!! :) (Obrigada, minha querida)
Tenho tentado fazer tudo o que fazia antes, mas a um ritmo mais lento, se bem que nem sempre o consiga. A ajudar à festa ainda estou a debater-me internamente com uma constipação que decidiu visitar-me na sexta-feira e que de mim ainda não arredou pé. Tosse, espirros e uma horrenda falta de olfacto e paladar são uma constante em dias como este. O pacote de não sei quantos lenços de papel também já era! E o nariz só está a aguentar-se porque anda protegido por um tal de Letibalm que mais não é do que uma simples vaselina, um nadinha mais cara.
Tirando isso, sinto uma ligeira pontadita num ovário ou noutro, mas segundo me disseram, é a normal resposta à estimulação feita no tratamento. Preferia que fosse um sinal do meu ovinho...
Ainda não!

Bola prá frente

Já mandei embora aquela nuvem chuvosa que tinha por cima da cabeça!
Eu e o meu ovinho andamos bem. É verdade! É isso mesmo! Eu e o meu ovinho!!!
Não me pousaram uma sementinha na barriga na segunda-feira? Pousaram, não pousaram? Então não posso fazer de conta que ela não está cá. Está e eu quero que continue. No dia 2 de Março saberei se ganhou raízes, mas para já vou acreditar que sim.
Até porque ontem o biólogo aumentou a hipótese de o meu ovinho ser bem sucedido, estando agora no bonito patamar dos 30 por cento!

P.S. Obrigada à Babisonho, à Bolinha de Sabão e à Cusca por se terem dado a conhecer! Voltem sempre. Ah! E Babisonho, manda-me por favor a chave para entrar na tua casa para encomenda.extraviada@gmail.com. Beijinhos a todas.

terça-feira, 17 de fevereiro de 2009

A transferência

O embrião já está em mim, desde as 13h00 de ontem. O biólogo explicou-me que não se trata de um ovinho topo de qualidade, mas que "é bonitinho", a assistente chamou-lhe um embrião com classificação "B", que "é bom", e o ginecologista falava em "20 por cento de hipóteses", preferindo conversar comigo sobre o próximo tratamento e necessidade de o meu marido fazer colheitas quinzenalmente para que quando se apanhar um foco de espermatozóides móveis e trabalhadores se congelem os ditos e eu inicie novamente as picas.
Face a tudo isto, não há grande optimismo, nem foi com o melhor dos alentos que recebi este bocadinho de vida que gostava de ser capaz de gerar.
O teste de gravidez ficou agendado para o dia 2 de Março, entre as 9h00 e as 10h00. Apetecia-me dormir até lá.

segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

A sexta-feira, 13

Foi preciso respirar bem fundo para chegar aqui e escrever este texto. Não é fácil recordar o chapadão que recebemos no dia ensolarado em que nós e os médicos achámos que tudo ia correr bem.
Na sexta-feira, 13, logo às 7h30, chegámos felizes e contentes à clínica onde já éramos esperados pelos simpáticos e sorridentes médico, biólogo e enfermeira. Um deles avisou-me que iam pôr-me a dormir por três minutos para proceder à punção, mas que depois já estaria desperta e pronta para trabalhar, se assim o entendesse.
Ainda brinquei dizendo que, àquela hora, era um desperdício gastar uma anestesia em mim apenas para me pôr a dormir. Que bastava que me deixassem encostar um bocadinho e veriam como eu cairia no mais profundo dos sonos.
Lá veio a agulha, seguida do anestesista que me fez umas perguntas da praxe – sobre a minha asma e coisas do género – e logo depois o prometido sono.
O acordar foi suave e cheio de sorrisos. Sete ovócitos já estavam do lado de fora! “Sete?”, perguntei. “Isso é bom, não é?” É, confirmaram os doutores.
Enquanto isso, enquanto durava esse doce recobro, o meu marido seguiu com o frasquinho do costume para a colheita. Pouco depois estava de volta e trazia mais um sorriso. Colocou-o nas mãos do biólogo que rumou imediatamente ao laboratório para analisar a amostra recolhida.
Foi aí que vieram as más notícias.
Era necessário fazer uma nova colheita porque naquela não tinham sido detectados espermatozóides vivos e, segundo o especialista, às vezes acontece que as segundas colheitas são melhores do que as primeiras. E agora desculpem-me por abreviar a descrição do que se seguiu, mas não me apetece muito recordar aqueles momentos. A segunda colheita também foi insuficiente e obrigou a uma terceira, equacionando-se já a possibilidade de uma biopsia testicular. “É a primeira vez que isto me acontece”, confessava-nos o biólogo. “Nunca imaginei que depois do espermograma de há quatro meses os valores voltassem a descer para estes níveis. Se eu tivesse adivinhado, tinha congelado os espermatozóides!”, prosseguia desalentado. "É sexta-feira, 13..."
Era meio-dia e ainda estávamos no centro, mas agora, sem sorrisos, nem grandes esperanças até porque já se falava em fim de ciclo e em esperma de dadores, por mim recusado à partida. Quero ter um filho com este homem, não com outro. Não faz sentido.
À noite soubemos que dos sete ovócitos, apenas um não tinha sido utilizado, já que, do mal o menos, conseguiu-se pescar seis espermatozóides e microinjectá-los.
No dia seguinte, no sábado, um estava fecundado e havia a possibilidade de um segundo.
Ao final do dia de domingo veio a certeza da existência de um embrião. É esse que hoje vou receber. Um guerreiro como nós que espero conseguir transportar nos nove meses que começam hoje.

quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009

Em vésperas de S. Valentim

Um conto cheio de corações!!!
Era uma vez, há muitos, muitos anos, na remota era do messenger, uma menina e um menino que foram atingidos pela flecha do cupido.
Ao fim de três anos de amizade, descobriram que aquele carinho de sempre era, afinal, algo mais...
Ai, ai.

Ele diz:
o que achas que pode acontecer-nos?
Ela diz:
aquilo que mais tememos
Ela diz:
arruinarmos o nosso presente
Ele diz:
concretiza
Ela diz:
estou a ouvir passarinhos e lá fora está a chover!!! Tenho medo de me apaixonar
Ele diz:
eu também.

E viveram felizes para sempre!

Ainda nem estou em mim

A punção é já amanhã e a transferência de embriões logo na segunda-feira!
Já?!?
Ontem, às 20h00, fui ao centro de saúde para me darem a injecção intramuscular de Pregnyl.
No princípio, o cenário estava negro, com a recepcionista a dizer que aquele acto clínico exigia a apresentação de um requerimento. O tal "papel? que papel? papel? que papel?".
A coisa acabou por correr bem, graças à premência de tomar a pica às 20h30 e a uma enfermeira novinha e cuidadosa que me deu a injecção mais indolor do mundo!
Hoje acordei muitíssimo enjoada e cheia de dores de cabeça (na bula do Pregnyl diz que são sintomas que podem ocorrer), mas um copo de água com açúcar e dois trifenes de rajada salvaram a situação.
Agora é esperar pelos grandes dias!
Estou feliz. Estamos felizes.

terça-feira, 10 de fevereiro de 2009

Vamos a isso!

Vamos por partes:
1. As picas (voltando a elas!)
Se bem aplicadas, como no meu caso, são praticamente indolores, mesmo quando passam a duas injecções por dia. Ah! E não fiquei com as nódoas negras que habitualmente se lê por aí. Notei apenas dois sintomas:
a) Imediatamente depois da pica fica-se com uma comichão que dura alguns minutos;
b) A barriguita incha.
O doutor Bigodes confirmou-o hoje dizendo que é "normal" e que se ganha um "tamborzinho" no lugar da barriga. É isso mesmo. Incha ao ponto de me tirar a vontade de experimentar umas calças bem giras e baratas! (Mas também para quê?) Iniciamente, pensei que fossem consequências da já costumeira prisão de ventre, mas não. Ou melhor, são mais do que isso!
2. Ecografia
Na semana passada, o médico já tinha detectado cinco ovócitos de cada lado, embora que muito pequenos. Hoje, no lado direito tinha seis, com uma média de 15 mms, e no lado esquerdo a produção era maior, havendo mesmo um queridinho com 18 mms. "Bela colheita", chamou-lhe o ginecologista.
3. Punção
"Já?", perguntou-me a simpática assistente quando a informei da marcação. É verdade. Está agendada para sexta-feira, às 7h30. (Nada de especial para quem se levanta todos os dias às 5h15). Assim sendo, as picas de Gonal e de Suprafact terminam hoje. Amanhã, tenho de tomar uma injecção intramuscular de Pregnyl 5000 e esperar pela sexta-feira 13!
Antes, enquanto o médico preenchia os procedimentos no computador para enviar para o laboratório, dizia-me em voz alta: "Punção, dia tal, às tantas horas" e na parte da "transferência de embriões", olhou para mim, sorriu e com um maroto piscar de olho perguntou: "Três?"
A minha anuência fez-se com o tradicional "Vamos a isso!", o mesmo "vamos a isso!" que me levou às picas, o mesmo "vamos a isso!" que me levou àquele consultório, o mesmo "vamos a isso!" que me vai levar ao meu filho. Ou filhos...
Três. Embriões, para já!!!

A minha alegre casinha

É assim, segundo a Drikas:


Obrigada, minha querida. "Maneiríssima" és tu! Tu, a Ana, a Raquel, a Susana, a Raio de Sol, a Angel, a Maruja, a Dalila...
Deste púlpito vos digo que, muito mais do que este troféu, vocês são merecedoras dos prémios de melhor ombro, melhor ouvido e melhor colo. A prová-lo estão todos os comentários que amorosamente deixam e que, acreditem, são um dos principais motores deste blog. Obrigada por todo o carinho que têm dado e que continuam a dar, mesmo sem me conhecerem de lado algum, mesmo sem saberem de que farinha sou feita, com todos os meus defeitos e virtudes e sobretudo com todos os nossos problemas. Obrigada.

sexta-feira, 6 de fevereiro de 2009

Está feito

Lá voltei ao consultório para o doutor bigodes, como o próprio se intitula, avaliar os progressos. Foi tudo muito rápido. Nuns bons dez minutos, se tanto, estava despachada.
Antes, contudo, lá se encaminhou a rapariga para o castigo que é o mesmo que dizer: a humilhante marquesa. Mais humilhante ainda por andar a esquivar-se à grande e à francesa a depilações às virilhas! É que, continuando nesta toada dos "bigodes", aquilo que em tempos poderia ter sido definido como um bigodezito hitleriano está transformado num mimoso bigode marialva!!! Adiante...
A marquesa chamou por mim. Ela e a maquineta das ecografias que exibiu uma profícua produção: "Cinco de um lado, cinco do outro". Parece que é bom! Pelo menos, o médico ficou sorridente e, em reacção, nós também! E muito.
Na terça-feira voltamos ao centro, mas já com uma "pista de aterragem" digna de se apresentar!
Entretanto, mais 250 euros na farmácia para prosseguir as picas de Gonal.
"Bons chutos", desejou-nos o sorridente dr. Bigodes à saída do consultório.
Serão.

Bom fim-de-semana!

quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009

Parabéns


Farias hoje 32 anos. Já partiste há 16.
Foste fugaz na tua passagem pela vida e, por consequência na minha, mas, mesmo assim, nunca mais te deixei partir! Talvez por me teres aparecido na intensa adolescência em que tudo é definitivo e apaixonado.
Antes da partida levaste-me à escola para que eu pudesse tratar da papelada para a universidade e prometeste-me que também tu ias entrar na faculdade. Escreveste a promessa naquele impresso do totoloto e eu ameacei-te que o guardaria para te pedir contas. Ainda hoje o guardo, como um amuleto, já não na carteira com fecho de velcro, mas no porta-moedas clássico que a idade me atribuiu.
É a prova física da tua passagem pela minha vida, a prova mais palpável, a tua palavra de honra. As outras ficam retidas na lembrança. Memórias fechadas a sete chaves no baú das recordações onde repousam os tesouros de toda uma existência. É lá que encontro o mapa que ainda hoje me indica o caminho para os teus olhos verdes.
Saudade.

(Está cumprida a promessa de que um dia vos falaria no Vasco)

E porque este é também o dia dela: Parabéns, Drikas! Obrigada por teres aparecido. Fica.