terça-feira, 30 de junho de 2009

Que gente é esta?

Ainda estou meio abananada com o que acabei de ouvir.
Não é que há gente que se aproveita da confusão instalada por um acidente para roubar? Não é que roubaram o capacete do estafeta que na semana passada teve um acidente? Repetindo e explicando: Houve um iluminado que passou pelo local do acidente e levou o capacete todo esmurrado que estava pousado no chão?
O que é isto?
Alguém me explica?

Como diria a minha querida Mir: Inspira, expira.

Agora sim.
Mais um dia de vitória.
Venham os próximos.
Unidos, venceremos.

segunda-feira, 29 de junho de 2009

34 é o dobro de 17

Não é grande desculpa, mas serve.
O que interessa é ter os amigos por perto no dia em que celebramos a nossa existência. De sexta a quinze faço 34 e não me apetece deixar passar a data em branco.
Sempre fui muito festeira - em criança, cheguei a festejar o aniversário três vezes com três grupos de amigos diferentes: os da escola, os de fora da escola e a família -, mas, curiosamente, há três anos que não faço pêvas. Ou porque me apetecia passar só com o meu marido, ou porque nessa altura estava de férias longe daqui ou, no pior dos casos, porque nesse mesmo dia tinha o canalizador lá em casa.
Depois deste último episódio, decidi não vacilar e voltar às parties.
Os amigos estão convocados e já sabem que vão ter de trazer um adereço alusivo ao bonito ano do Verão Quente de 75. O resto... deixem comigo.

Estou contente!

Who's dead?*

Que o Michael Jackson foi um grande artista, já o sabemos, paz à sua alma e coisas do género. Claro que, como todos, também bati o pé ao som de «Beat it» ou de «Billy Jean» e fiquei aterrorizada com a novidade que foi o «Thriller». Se bem que a minha favorita (e a prova disso é que está no iPod há mais de um ano) seja o «Human Nature».
Michael Jackson foi um enorme artista. Claro que sim. Nada de novo.
Mas, uma vez mais, prefiro ver este episódio da vida pelo lado negro (negro?!?) e corrosivo da coisa. Para isso, nada melhor que os ingleses que, mesmo a falar sério, conseguem usar da ironia. Haverá melhor para espantar espíritos e exorcizar males e fantasmas?
Num debate de sábado de manhã da Sky News», cantores e estudiosos de música contemporânea enalteciam a obra Michael Jackson, sem se esquecerem de mencionar “o Frankenstein da sociedade norte-americana” em que acabou por se tornar. Verdade, verdadinha!
Com muita sobriedade e bom tom, fizeram mesmo o paralelo entre o artista e aquela que tinha morrido no mesmo dia que ele. Diziam, sem pejo, que no último suspiro, Michael Jackson e Farrah Fawcett estavam fisionomicamente parecidos. Ou não tivessem sido as telas de um mesmo cirurgião plástico!
Agora já podem fazer o moonwalk juntos...

Por aqui, um dia de cada vez. Um dia, uma vitória. Já contamos alguns a vencer!

Boa semana!

(* Aludindo a esse grande tema que foi o «Bad»)

quinta-feira, 25 de junho de 2009

Pause. Play.

Os feriados e os santos populares foram os responsáveis por estes dias de ausência. Foram dias de tanto descanso que o corpo até ficou maçado da cama e do sofá.
Hoje, o regresso ao trabalho faz-se ao mesmo ritmo desta chuva que cai devagarinho para nos refrescar dos dias idos e para tornar mais limpo o caminho que temos pela frente.
Os espermogramas do rapaz continuam a revelar grandes diferenças relativamente ao susto de Março. Os biólogos dizem que nem parecem da mesma pessoa. Mas são! Olá se são!

quarta-feira, 17 de junho de 2009

E por falar em "Papel. Que papel?"

Alguém explica aos senhores dos Centros de Saúde (e, já agora, das Finanças) que aquele aparelho que costuma tocar insistentemente se chama telefone e, normalmente, tem pessoas do outro lado a querer obter informações?
E não é válido como desculpa dizer que estão muito ocupados porque eu também estou e, ainda assim, é verdade, ainda assim, pego no auscultador dessa máquina do demo que está aqui ao lado do rato. Mesmo quando do outro lado há desocupados tresloucados a querer insultar-nos até à quinta geração.
Não é esse o meu intuito, juro. Nem estou só de gabardina vestida.
Precisava apenas de marcar uma consulta.
Obrigada.

E a saga continua...triiiiim... triiiim.... triiiim... triiiim...
Haja paciência!

Alto! Ouço vozes... meia hora depois. E não é uma alucinação! Alguém do centro de saúde descobriu o manual de instruções do telefone e está agora a falar comigo. O problema é que não deve ter conseguido chegar ao capítulo do "Redial" porque me está a pedir para ligar o mesmo número, mas a terminar em "72". Ainda dizem que Saramago é que é difícil de ler...

O papel. Que papel? O papel!


:)

terça-feira, 16 de junho de 2009

Notas soltas

1. Um mês depois da entrega da declaração, o reembolso do IRS já cá canta! Uhuh!

2. A praga das formigas voadoras voltou a infestar o local de trabalho. Blargh.

3. O papel de parede não caiu e já há fotografias, mas continuam sequestradas na máquina que ficou esquecida em casa. Bah!

4. E que tal mais uma candidíase? Melhor ainda: E seis cânulas de um bonito comprimento para fazer chegar o creme ginecológico ao sítio certo? Yummy!

5. Espreito a televisão e é lá que está hoje uma senhora a submeter-se a uma mudança de visual. Estou curiosa para ver o resultado porque, a avaliar pela "tela em branco", ou propõem à cobaia que nasça novamente ou sugerem-lhe uma mudança de sexo. "Augusto, minha senhora... A partir de hoje chama-se Augusto! Ora veja aqui ao espelho como fica com essas calças largas coçadas e a camisa de flanela!" Isso sim, seria uma "extreme makeover"!
Se, neste momento, não estivesse a imaginar a minha mãe a dizer que "Deus ainda me castiga", seria menina para ter pensamentos deste calibre. Shame on me.

segunda-feira, 15 de junho de 2009

Borboletas lavanda ou alfazema

Depois de dormir, mais dormir e muito dormir, as mini-férias terminaram ontem com um dia intenso de labuta ou não fosse a arte de colocar papel de parede uma tarefa árdua. Já tínhamos os rolos desde o Carnaval, mas só ontem chegou a vontade e a coragem de avançar. Confesso que era grande, mesmo muito grande, o medo de falhar a consistência da cola e de estragar o papel, porém, o resultado encheu-nos de orgulho.
Não sei se hoje, quando chegarmos a casa, vamos ter as tiras de papel caídas no chão (rezo para que não), mas ontem à noite estávamos ufanos do trabalho que começou às 15h00 e só terminou às 19h00.
Agora, o segundo quarto de nossa casa – aquele que um dia queremos ver ocupado pelo nosso filho – já não tem paredes com riscos, nem buracos de pregos falhados.
Agora as paredes são brancas e têm umas pequenas, pequeníssimas, borboletas lavanda ou alfazema. Não são de cor lilás, nem roxa. Lavanda ou alfazema, isso sim, como a serenidade que encontro nos sonhos e naquela quase-penumbra de estores propositadamente mal fechados.

Boa semana!

terça-feira, 9 de junho de 2009

E se de repente a minha testa batesse no teclado?

Isso seria sono, muito sono.
Ainda bem que já é sexta-feira, ou melhor, é como se fosse!

Bom fim-de-semana.

segunda-feira, 8 de junho de 2009

O que há-de ser de nós?

Tudo está diferente desde a semana passada.
Nem sequer me passava pela cabeça que, no momento em que fechasse os olhos e caísse naquele sono pesado, ele me fizesse aquilo à socapa.
Nunca me disse que precisava daquilo, nunca revelou que sentia necessidade e por isso nunca me apercebi.
Nas nossas conversas o assunto nunca veio à baila. Nem com os outros. Nunca me apercebi porque, afinal, esperou sempre pela minha ausência para o fazer.
Fê-lo num dia, fê-lo no outro e só quando o apanhei me confessou que o fazia.
Apercebi-me pelo ruído, pelos murmúrios e também por causa de uma leve desconfiança que já não me deixou adormecer.
Apanhei-o ali, ao meu lado, com a prova da traição na mão e os olhos postos no pecado.
Na mão, o comando da televisão e o dedo ainda pousado no 4. Os olhos, esses castanhos de traição, especados na telenovela da TVI.
Estou chocada. Não sei o que hei-de fazer. Éramos tão felizes. Como pôde isto acontecer-me?
O meu marido gosta de telenovelas da TVI!!!
Nããããããããããããão.

sexta-feira, 5 de junho de 2009

Dilema


Alguém me explica por que razão é que os morangos acabam na altura em que são melhores?
Vale-me comprovar que os pêssegos que comprei anteontem já são muito recomendáveis.
E com este apontamento frugal me retiro para mais um fim-de-semana.
Hoje há concerto dos Táxi. Querem boleia?
Beijinhos.

quarta-feira, 3 de junho de 2009

Dez anos

Fez na segunda-feira dez anos que consegui o meu lugar ao sol na actividade profissional com a qual sonhei desde a meninice - quando o bloco e caneta eram os meus melhores amigos - e que ainda hoje tenho a sorte de desempenhar.
Foi no dia 1 de Junho de 1999 que agarrei o touro pelos cornos, contrariando uma vez mais a vontade paterna que já antes não tinha conseguido convencer-me a seguir o curso de Direito. Fiz o outro, o que efectivamente gostava. Vieram monografias, envios de currículos, estágios e mais estágios, trabalhos não remunerados, decepções e expectativas constantes, mas no dia 1 de Junho de 1999 nascia para a profissão que ainda hoje mantenho e que ostento ufanamente numa carteira profissional.
Dez anos depois, continuo a perseguir este sonho a que chamo de vocação, embora que de forma mais madura, consciente de que as coisas estão difíceis e que um dia podem terminar abruptamente. Tenho visto tantos ultimamente...
Mas, dez anos depois, as histórias que acumulei já ninguém pode tirar-mas por mais formatações ao disco que me façam.
Foram dez anos que fizeram de mim uma parte muito importante daquilo que sou hoje porque, no fundo, os dez anos de trabalho foram acima de tudo dez anos de vida.
Foram dez anos a ficar até às tantas às voltas de um texto sendo que o reconhecimento no dia seguinte sempre foi paga suficiente.
Foram dez anos a passar recibos verdes e depois a regozijar com a entrada nos quadros da empresa.
Foram dez anos a conhecer gente, alguns dos quais transferidos para a coluna dos amigos. E, sobretudo, foram precisos estes dez anos para ser tomada de amores.
Dez anos depois constato que JÁ passaram dez anos. Sorrio. Não porque esteja dez anos mais velha, mas sim porque estou dez anos mais rica.

terça-feira, 2 de junho de 2009

É o que dá ter a televisão no quarto

Adormeci a ver as notícias sobre o avião da Air France do qual se perdeu o rasto e passei uma noite terrível. Uma noite inteira a ver-me dentro e fora do avião, a sofrer como deve ter sofrido aquela gente que seguia a bordo ou a sofrer como sofre aquela gente que ainda acredita que os familiares possam estar a salvo.
Raio de noite horrorosa que me valeu um torcicolo dos valentes. Apenas uma porcaria de um torcicolo que é nada, rigorosamente nada, comparado com a dor do tamanho do mundo que estão a sentir os que ficaram.
Odeio aviões.
Odeio por isto que aconteceu e que está muito bem resumido num texto publicado na revista do «i» de sábado que dizia qualquer coisa assim: "O avião é meio radicalmente mais seguro do mundo, mas é também o mais radicalmente fatal".

segunda-feira, 1 de junho de 2009

Bricolage sexy

Na única experiência lésbica da minha vida, aquela que por norma repito anualmente, ou seja, na visita à ginecologista aconteceu-me um episódio caricato. Tudo começou no momento em que me sentava na marquesa e colocava a primeira perna no apoio de plástico... pimbas... aquela tralha caiu. A médica explicou-me que tal aconteceu por causa das senhoras da limpeza que tinham andado por ali, momentos antes. "É bom sinal, é sinal que limpam a fundo", dizia e sorria a doutora.
Agora imaginem esta cristã – em pelota da cintura para baixo e, por isso, timidamente de joelhos para dentro – a segurar no apoio de pernas enquanto a médica apertava os parafusos do dito apetrecho.
Se a ideia era relaxar-me e desviar as minhas atenções, resultou...

Este post é especialmente dedicado à Susanita que está um bocadinho em baixo. Beijo grande.

Eu sabia que esse dia ia chegar

Às dez e meia da manhã de sábado pedi ao meu rapaz para ser a primeira a tirar sangue, para não ter muito tempo para pensar no assunto e sofrer por antecipação. Assim foi. Lady's first. E só vos digo: Quem me viu e quem me vê! Nada de fanicos, de chiliques, de quebras de tensão, de cabeça entre as pernas, de chupa-chupas e pacotes de açucar. A agulha saiu como entrou, sem suores frios, nem ansiedades da minha parte. Levantei-me da cadeira, passei o testemunho ao rapaz e segui para a casa-de-banho com o frasquinho da colheita do xixizito. À saída, o J. já me esperava anunciando: "A senhora disse-me que tu te tinhas portado melhor do que eu!".
Eu sabia, obrigada, meu Deus! Eu sabia que esse dia ia chegar. Agora sim, já sou uma menina crescida!

Boa semana.