segunda-feira, 31 de agosto de 2009

De volta pró meu aconchego

Terminou no sábado a semana de descanso em terras algarvias. Terminou com o reencontro com o meu amor e com mais umas horinhas de sol e de calor.
À chegada ao trabalho, e na vistoria aos blogues das compinchas, dei de caras com a boa notícia da Raio de Sol que já tem o seu pequeno milagre na barriga. Parabéns, minha querida, estou muito feliz por ti!
Quanto a mim, nada de novo. Trabalho, mais trabalho e lá pelo meio a sessão de acupunctura para me elevar ao mais supremo dos estados.
Pelo meio também o medo de recomeçar tratamentos...
Por isso, esperamos. Ansiosamente, mas esperamos.

sexta-feira, 21 de agosto de 2009

Telegrama

Por aqui nada de novo STOP Na tal consulta do dia 18 decidimos parar por uns tempos STOP A acupunctura continua a fazer maravilhas ao meu sistema nervoso STOP A agulhinha para soltar o trânsito intestinal também tem dado bons resultados STOP Amanhã parto para uma semana de férias STOP Até ao meu regresso STOP Beijinhos

sexta-feira, 14 de agosto de 2009

Ainda a planar

Da segunda sessão de acupunctura de ontem que correu muito bem.
Confesso que na primeira estava algo nervosa, com as mãos encharcadas e outros sinais que tais de ansiedade, mas acabei por constatar que, além de não doer, dá uma magnífica sensação de tranquilidade.
Ontem, estava tão relaxada que no caminho de regresso as pernas me falharam uma ou outra vez. ;)
A outra parte boa destes finais de dia é que, quando chego a casa, tenho um peixinho à minha espera confeccionado por um marido apaixonado.
Bom, muito bom. Como espero que seja o meu e o vosso fim-de-semana.

quinta-feira, 13 de agosto de 2009

Maldito fim de dia

Ontem o dia não podia ter acabado da pior maneira, sobretudo, por causa da passagem pelo centro de saúde. Uma visita motivada pela infecção num dedo do meu rapaz. Aproveitei e deixei lá uma carta que tinha escrito (para ser mais pessoal e também para demonstrar o reconhecimento) à minha médica de família.
Enquanto o rapaz foi fazer o penso, dirigi-me à recepção para deixar a missiva. Pensei que era só entregar e já estava, mas não, deu direito a interrogatório: "É para que efeito?" AAAARRRGGHHH.
Tive vontade de dizer que se a carta estava fechada era por alguma razão, ou, "tenha calma, minha senhora, não é uma bomba", mas não. Como parva que sou nestas coisas disse logo: "É para dar conhecimento de uns exames".
- "É um relatório de exames? Quando for assim, deve ligar à doutora...", continuou a recepcionista.
Expliquei que era uma carta escrita por mim, com todas essas explicações e lá acabei por dizer que continha o resultado de uns betas que tinha feito. Bah.
Posto isto dirigi-me à máquina de café e passou por mim, no sentido contrário, uma rapariga de bata que, vim a descobrir depois, era a minha médica, cuja cara já não me recordava.
Pouco depois, ainda junto à máquina de cafés, comecei a ouvir da recepção uma conversa que me era familiar... sobre betas e sobre gravidezes, com uma imbecil a acrescentar chavões como: "Agora está estipulado que as pessoas casam e passado dois anos têm de ter filhos" e coisas do género. Apercebi-me que a conversa estava animada e, pelos vistos, como eu era o motivo da chacota, decidi entrar na sala e sentar-me à frente delas.
Pouco depois o burburinho acabou, mas ainda ouvi um quase imperceptível: "É aquela senhora lá atrás". Comprovei que tinha dado azo a uma bonita conversa de sala de espera. Por momentos ainda acreditei que depois disto a médica viesse ter comigo, mas não. Deixou a recepção de rabinho entre as pernas e seguiu de imediato para o gabinete. Espero sinceramente que tenha regressado ao trabalho com uma enorme sensação de culpa e de vergonha. Se não, farei questão de a transmitir quando voltarmos a falar.
Um dia depois ainda sinto raiva pela falta de sensibilidade desta gente que não percebe que a infertilidade já é um peso demasiado grande para levar aos ombros e, mesmo assim, ainda tenta sobrecarregar-nos com a sua pequenez humana.
Porém, como diz o ditado: Quem ri por último, ri melhor.
Um dia sou eu, mas amanhã podem ser elas.

segunda-feira, 3 de agosto de 2009

Sobre a consulta de sexta-feira

Apesar de muitos termos ainda me passarem ao lado, agrada-me a ideia de enveredar por uma ciência com quatro mil anos e com ideias tão românticos como a chinesa. Uma ciência muito voltada para a energia do corpo e da mente, mas que não põe de parte os métodos da outra, a ocidental.
Por isso, levei as análises e os exames mais recentes e constatou-se que tenho por lá uns níveis baixinhos que me colocam próximo de uma anemia, além de um problema nos rins, o mesmo que provoca as recorrentes infecções urinárias, os cálculos e as candidíases.
E foi giro saber que é pelos rins que envelhecemos, ou seja, que o nosso cabelo ganha brancas, que os nossos dentes ficam mais frágeis e que o nosso aparelho reprodutor entra em andro ou menopausa.
Assim, o tratamento de acupuncutura, associado à fitoterapia (fármacos de ervas), vai tonificar-me o organismo e soltar os "nós" que possam estar a impedir-nos de ter filhos.
Expliquei à médica francesa que pretendiamos avançar para a TEC já em Setembro, o que ela torceu o nariz, pedindo-me, pelo menos até ao final desse mês, para conseguir fazer um tratamento de dois meses.
Já em casa e depois de uma longa e deliciosa conversa, nós os dois, os principais visados, decidimos dar-nos mais esta oportunidade e tentar pelos nossos meios até ao final do ano.
Afinal, segundo a médica francesa, há casos de homens com menos de dois por cento de espermatozóides que conseguem engravidar as mulheres.
Nós já estamos numa fasquia um pouquinho superior, por isso, por que não?