domingo, 29 de novembro de 2009

I gotta feeling

Não sou apreciadora dos «Black Eyed Peas», mas hoje esta música pôs-me a cantar!

terça-feira, 24 de novembro de 2009

Madalena

Soube agora pelo blog da Angel que a bebé da Drikas já nasceu!
Parabéns, minha querida.
Bem-vinda Madalena! Tem uma vida muito feliz.

Beijinhos aos três.

Com a cabeça entre as orelhas

Ainda um pouco desnorteada devido aos sucessivos insucessos, a vida continua, mas continua de forma estranha. Eu ainda sem trabalhar por causa da lesão e da fisioterapia e o rapaz embrenhado no trabalho e mais distante.
No fim-de-semana apanhámos um voo low-cost e voltámos a Londres. Foi bom - muito bom - regressar àquelas ruas agora decoradas com as iluminações de Natal.
No regresso à Invicta fui derrotada por um enorme cansaço provocado pelos longos dias de passeios e também pela desorientação de voltar ao vazio.

quinta-feira, 12 de novembro de 2009

A conta que Deus fez

Conscientemente, por não estar ainda preparada para nova batalha, faltámos à consulta de terça-feira. A consulta que ia servir para avançarmos com o novo tratamento, com as datas das injecções, das pastilhas e da transferência.
Pela primeira vez, preferi ficar de braços cruzados temporariamente. Preferi assim porque para já sinto que me apetece viver a vida que tenho, que temos, e depois - quando tiver o meu exército de coragem reunido - regressamos ao centro.
Em quase quatro anos de casamento, três têm sido vividos assim, em busca do nosso bebé. Três. Por isso, está na hora de parar para respirar, para vir à tona e ganhar fôlego para novo mergulho em apneia.
Em quase quatro anos de casamento, três têm sido movidos por um objectivo comum que não conseguimos ainda alcançar. Três.
Três como os que gostaria que fôssemos.
Primeiro foram as tentativas tradicionais e as derrotas vaticinadas em cada mês que passava, depois foram os exames, as sentenças do nosso problema e os tratamentos. Foram três tratamentos. Três. Duas ICSI e uma TEC, todos este ano.
É demasiada areia para as nossas camionetas moral e financeira.
Assim sendo, conscientemente decidimos parar para contar até três. Três!

quinta-feira, 5 de novembro de 2009

Sei lá

Sei lá como me sinto, a não ser que sei que sinto, de vez em quando, uma tristeza muito grande por não pertencer à fasquia maioritária dos portugueses em matéria de fertilidade. Dou comigo a olhar para os outros e a pensar por que razão sou diferente deles, por que razão tinha de calhar nessa excepção que são os 500 mil casais que não conseguem ter filhos.
É muito difícil prosseguir neste teatro de guerra em que sabemos de antemão que nós, pelos nossos próprios meios, não somos suficientes para vencer.
"É uma lança em África", como há um ano nos disse o médico. Mas, pelos vistos, nem com a ajuda da ciência conseguimos disparar uma chuva de lanças sobre o nosso alvo. Nada. À segunda tentativa andámos lá perto, mas ficámo-nos por isso. Agora é preciso recomeçar tudo. Tudo.
Recomeçaremos. As vezes que nos forem possíveis.