terça-feira, 7 de abril de 2009

Quando a cabeça não tem juízo!

No domingo de manhã – a caminho do trabalho -, foi por mero acaso que dei de caras com o programa de rádio do Júlio Machado Vaz e com aquele tema que ainda hoje me deixa a pensar: as depressões.
Conta o “psi”, como o próprio se intitula, que as pessoas que padecem de depressões arriscam-se a ver o mal alastrar-se a um nível fisiológico, ou seja, aqueles que estão mal da alma podem, com isso, ficar igualmente com o corpo depauperado, frágil e mais receptivo a doenças. Gostei do que ouvi e gostava ainda mais que se tornasse num alerta, a divulgar numa campanha nacional, por exemplo, para que as pessoas tentassem – pelo bem delas e pelo medo de ter a porta aberta a enfermidades – saltar das depressões .
Gostei da chamada de atenção, sobretudo porque assisto a uma banalização da doença. Por todo o lado, há gente a dizer-se deprimida, ex-deprimida ou a caminho de se deprimir. Não duvido que não estejam, muito embora prefira acreditar que muitas pseudo-depressões não passam de caso graves de carência. E o assunto é tão sério... Tenho amigos tão afundados.
No mesmo programa de rádio, o “psi” continuou a falar das depressões, dando o próprio exemplo e revelando que nunca teve resultados de análises tão bons como naqueles cujo check-up decidiu fazer imediatamente a seguir às férias. Não porque se tenha portado bem, pelo contrário (diz que foram três semanas de tapas e sangria na amada Galiza), mas porque tinha estado de férias. Tinha sido feliz.
É por isso que acredito tanto naquela simplicidade do Zeca Pagodinho quando, numa música do outro Zeca, o Baleiro, afirma que "qualquer lugar acima da terra ou debaixo do céu está bom!”

É isso mesmo.

3 comentários:

Susana Rodrigues disse...

É bem verdade... digo eu que saí de um buraco que julgava sem fundo. E nessa altura facilmente ficava doente. Depois do parto... idem! Felizmente aprendi a reagir!

mir disse...

A Encomenda chegou ao seu destino.
Agora, mais do que nunca, a
viagem do Principezinho não pode ser separada da de quem o transportou
durante 38 semanas.
Agora a mãe deixa de ter uma
viagem própria (com mais ou menos bagagem) para percorrermos juntos a
mesma estrada.

Querendo continuar a seguir a viagem do Pedro, deixo o convite para
seguir a viagem da sua mãe em www.mirandaeeu.blogspot.com (mesmo
porque o rapaz não deixa tempo para grandes diários de bordo...).

beijinhos

"Puft" ;)

Dali disse...

Temos que reencontrar os brilhos nos olhos naquele mesmo espelho que está aprendendo a refletir apenas as cinzas e temos que deixar de esperar tanto da vida, pois ela não nos promete nada...
acho que é esse o segredo que os Zecas falam nessa música...

bjs, brilho nos olhos e ânimo!