segunda-feira, 30 de junho de 2008

A segunda-feira, só por si, já é um dia difícil de passar, mas consegue tornar-se ainda pior a partir do momento em que há insectos – que ninguém consegue definir (uns já recorreram ao rigor científico para os definir como formigas com asas) – a caírem na minha mesa e a treparem-me pelas pernas. Aaaaargh.
Não se sabe de onde vieram estes bicharocos e, talvez aproveitando-se disso mesmo, eles continuem a cair como tordos diante dos meus olhos. Aaaaargh.

sexta-feira, 27 de junho de 2008

Alguém me ajuda? #2

Não querendo parecer histérica (apesar de já estar a precisar de um estalo para descomprimir), tenho medo que o resultado que vi na palheta não corresponda ao verdadeiro positivo que significa que estou a fazer a ovulação. Hoje de manhã fiz mais um e o segundo traço rosa voltou a dar os ares da sua graça. A minha dúvida é, no entanto, uma e coloco-a às meninas que já experimentaram as invenções da Ova-Test: Quando os vossos testes são negativos só aparece uma risquinha? Mesmo depois dos cinco minutos? É que segundo as instruções, os sinais que surgirem depois desse prazo já não são válidos.
Assim sendo, nos testes que fiz, a palheta mostrou sempre uma risca cor de rosa e outra surgiu uns momentos depois. Isto significa mesmo o que estou a pensar? Ou o segundo traço acaba sempre por dar à costa depois dos cinco minutos?
Repetitiva? Eu? Histérica? Eu? E um estalo na cara para ganhar juízo?
Ajudem-me!

quinta-feira, 26 de junho de 2008

Alguém me ajuda?

Acho que já não me lembrava disto.
É normal sentir-me inchada, com umas dorzitas nos rins e na zona do ovário esquerdo?
Algures na net encontro a confirmação.

20% das mulheres sentem no período próximo à ovulação, leves cólicas ou dores no abdômen, que podem surgir no lado correspondente ao ovário que irá expelir o óvulo e durar de alguns minutos a algumas horas. Embora possa ter outras causas, se estes sintomas ocorrerem mais ou menos 14 dias antes da próxima menstruação, pode ser indício de ovulação.

Nem sei se acredito

Desanimada (e desfalcada) por causa do resultado dos testes de ovulação que comprei na farmácia, decidi fazer a experiência com o que encontrei na net. A encomenda da Ova-Test chegou há uns dias, talvez há um mês, e ficou guardada na gaveta de baixo do armário à espera da hora certa. Não havia pressas. Por isso ficou na gaveta de baixo.
A avaliar pelo negativo do fim-de-semana, não tencionava tentar a sorte novamente neste mês. Porém, ontem, como já tinha o jantar tratado, a casa arrumada, a roupa pronta para o dia seguinte, o pijama vestido e nada a perder, abri a gaveta de baixo do armário e retirei o envelope almofadado. De lá de dentro extraí uma saqueta e as instruções do dito teste. Como é normal nestas ocasiões (e ao contrário do que me é habitual), essa vontade fisiológica que se impõe para estes procedimentos não surgiu logo. Esperei tranquilamente. Talvez porque imaginasse que o resultado ia ser novamente negativo, sobretudo, pelo facto de o teste estar a ser realizado ao final do dia, depois de tantos copos de água e de canecas de chá.
A vontade chegou já com o marido em casa. Ele apercebeu-se das manobras, mas esperou inteligentemente (aliás, como sempre) que lhe desse conhecimento. Foi o que fiz quando a mancha cor de rosa começou a apoderar-se da palheta. Uma risca apareceu logo, forte, bem visível, sinalizando que o teste tinha sido bem realizado. "Pronto, mais um negativo", pensei. Qual quê? Um minuto depois, dois no máximo, uma segunda linha rosa surgia do branco. Veio tímida e ficou. Mais ténue do que a outra, mas ficou. Descrente, chamei o meu querido para confirmar. Confirmou. Descrente, mas com um sorriso contido, prometi-nos repetir a dose pela manhã para ficar com a certeza de que aquilo estava efectivamente a acontecer.
Assim que o despertador tocou, ainda ensonada e com os minutos muito contadinhos até à saída de casa, tentei uma vez mais a sorte. E tive-a, novamente. A linha rosa de dias férteis tornou a acenar-me. E eu voltei a sorrir.

quarta-feira, 25 de junho de 2008

Em câmara lenta

Depois de um fim-de-semana prolongado e de um S. João molhado, a semana começa a meio. Não era bom que fossem todas assim? Descanso de 4 dias, trabalho de 3. O novo Código de Trabalho parece prever isso, mas só para os que bulirem 12 horas por dia. Não me parece mau negócio, não. É um assunto a pensar.
De resto, Dufine completo, Duphaston a começar hoje.
Ontem foi dia de teste de ovulação. E? Mais do mesmo: Negativo. Mesmo assim, e como diz a Ana, continuamos a mandar postais. Pode ser que algum consiga encontrar uma caixa de correio aberta...

quinta-feira, 19 de junho de 2008

A mão do coração

Enquanto vagueio pelos sites que me ajudam a trabalhar, encosto a mão esquerda à cara e encontro provas de quem ama. A mão que está no lado do coração torna a cheirar a cebola. À cebola que ontem aquela mão agarrava enquanto a direita segurava a faca que fazia o picado a que o refogado obriga.
Se em tempos esfreguei com vigor as mãos no sabonete mais próximo para me libertar daquele odor, agora sorrio. Sorrio porque esta é agora a prova de quem ama e cuida.

Bom dia.

segunda-feira, 16 de junho de 2008

Acontece

Ao quinto dia, falhou a toma do Dufine. É um facto, é oficial, esqueci-me que devia ter recomeçado o tratamento ontem. "Deixa lá", começo hoje.
Bom dia. Boa semana.

Beijinhos para a Ana pelas razões que ela sabe e mais beijinhos para a Su que já me explicou o segredo do seu sucesso. Ou susexo!

sexta-feira, 13 de junho de 2008

quinta-feira, 12 de junho de 2008

My Valentine

Há quatro anos, na ressaca de um concerto dos Pixies, o País regozijava com o início de um Europeu português e, nós, com o início de "nós".
Obrigada, meu amor.

quarta-feira, 11 de junho de 2008

And the winner is

Quanto mais depressa falava...

O ciclo terminou aos 29 dias, bem mais cedo do que tem sido hábito nos últimos meses. Aos 29 dias. Fiquei feliz. Foi o primeiro grande feito do tratamento.
Apesar das dores tramadas das "regras", não consigo tirar este sorriso da cara. Sinto que já coloquei mais um pauzinho no meu ninho!

Os novos óculos de sol também já estão encomendados. Dizem-me que vêm de Itália e por isso demoram uma semana a chegar. Esperemos que a paralisação dos camionistas não os atrase.
Quanto aos outros, os que racharam, já foram colados e prometi-lhes que volto a levá-los nas longas caminhadas de Verão que, se tudo correr bem, começam já daqui a mês e meio.

Óculos partidos

Duravam há quase dois anos, acompanhavam-me diariamente, eram giros, sentia-me bem neles e, por isso, não tencionava encostá-los ou trocá-los por uns mais "da moda". Nuns saldos de fim de estação custaram pouco mais de 30 euros e hoje, enquanto descansavam no alto da cabeça, senti-os mais largos. Pensei que fosse o parafuso da haste, mas não. A armação de tartaruga estava rachada. Abria-se quase a deixar escapar uma das lentes. Fiquei triste com o adeus inesperado.
Tentarei dar-lhes uma segunda vida, porém, não sem antes procurar uns substitutos.

E são destas pequenas coisas da vida feitos os dias que me levam até ao fim de mais um ciclo. Falta pouco.

sexta-feira, 6 de junho de 2008

Bom fim-de-semana

Apesar de não ser fã do Bom Jovem, não posso escusar-me a dizer que o senhor deu um concertaço no «Rock in Rio». Tão profissional quanto divertido. (Os nossos músicos deviam estar lá a aprender como se faz)
Esta foi um dos temas em que mais pulei e uma semana depois ainda me faz balançar.
Beijinhos.

quarta-feira, 4 de junho de 2008

Cut the crap

Pelo facto de a medicação não ter surtido efeito neste mês, é evidente que os piores pensamentos me assolaram. "E se...?"
No entanto, como optimista e crente que sou, decidi (sim, porque estas coisas decidem-se) continuar a acreditar que sou digna de um dia transportar uma criança dentro de mim. Outra para além daquela que já lá está e que me caracteriza.
Mas, como não dou um passo sem primeiro delinear um plano, decidi igualmente que até ao final do ano não há recursos a médicos, nem a mais exames.
Se chegar a essa altura sem a barriguinha desejada, aí sim, com dois anos de espera, já temos mais do que legitimidade para reclamar nova ajuda.
Até lá vamos acreditar que unidos venceremos.

segunda-feira, 2 de junho de 2008

Desisto

De fazer a treta dos testes de ovulação. Desisto. Mas só este mês.
Isto porque no sábado fiz mais um que, claro, deu negativo. Lá apareceu o raio do círculo sem o smile dentro dele. Fiquei como não sou, zangada com o mundo e apanhou por tabela quem estava mais perto. Quem não devia. Contudo, uma viagem de comboio de quase três horas, outras de metro de mais uma hora e um grande concerto no «Rock in Rio» puseram fim ao amuo.
Ficou combinado que neste mês não ia embarcar em mais aventuras e consequentes desilusões. No próximo repito a dose ao 15.º dia e nos outros, se for caso disso, também, mas por este já chega de ombros caídos.
Para a frente é que é o caminho.
Por mais voltas que dê, a encomenda há-de chegar ao destinatário.
A dela está entregue. Fiquei feliz.